Rodrigo Maia é reeleito e Davi Alcolumbre presidirá o Congresso
Na tarde de sexta-feira, 1/2, após a posse dos novos deputados federais ocorreu a eleição - e na sequência a posse - da nova Mesa Diretora, que irá conduzir a casa no biênio 2019/2021. A disputa foi decidida ainda em 1º turno o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi reeleito presidente.
Já a eleição da Mesa Diretora do Senado, também marcada para após a posse dos novos senadores naquela tarde, teve muita confusão, senadora surrupiando documentos de colega, senador xingando colega e Renan Calheiros (MDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) quase chegaram a agressão física, sendo contidos por colegas. Diante do cenário, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que presidia a sessão, achou melhor suspende-la e remarcar a eleição para o sábado. A discussão ocorreu por conta da decisão, por votação, de que a eleição ocorresse com voto aberto, o que Calheiros era contra já que vinha articulando apoio com base no voto secreto. No início da madrugada de sábado, o Solidariedade e MDB ingressaram com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando que a eleição fosse por meio de votação secreta. O ministro Dias Toffoli atendeu ao pedido, anulando a votação da casa que optou pelo voto aberto, e determinando que o pleito ocorresse por meio de voto secreto. Finalmente na tarde de sábado, foi conhecido o novo presidente. Apesar das manobras, Calheiros acabou retirando sua candidatura a presidente. Alcolumbre foi eleito com 32 votos.
Câmara Federal
Rodrigo Maia ocupou o cargo de presidente da Câmara pela primeira vez em 2016, quando foi eleito para um "mandato tampão" de seis meses, em substituição ao ex-deputado Eduardo Cunha, que havia sido eleito para o biênio 2015-2016. Cunha foi afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), renunciou ao cargo e depois foi cassado pela Câmara. Em fevereiro de 2017, Maia se elegeu para um mandato de dois anos.
Após a posse ele defendeu o diálogo como estratégia para aprovar a reforma da Previdência e afirmou que apenas um texto pactuado com governadores e partidos políticos terá viabilidade para ser aprovado pela Câmara. Segundo ele, a Previdência não é um problema do governo Bolsonaro, mas dos estados e das prefeituras também e, por essa razão, a construção do texto deve ser coletiva.
A Mesa Diretora é composta ainda por Marcos Pereira (PRB-SP) como 1º vice-presidente, Luciano Bivar (PSL-PE) como 2º vice-presidente, Soraya Santos (PR-RJ) como 1ª secretária, Mário Heringer (PDT-MG) como 2º secretário, Fábio Faria (PSD-RN) como 3º secretário e André Fufuca (PP-MA) como 4º secretário.
Senado
David Samuel Alcolumbre Tobelem nasceu em Macapá e é empresário. Começou na política no PDT, partido pelo qual se elegeu vereador em 2000. Também foi secretário de Obras do município. Em 2002 foi eleito deputado federal, sendo reeleito em 2006 e em 2010. Desde 2006 é filiado ao DEM e faz parte do diretório nacional e do conselho político do movimento jovem da legenda.
Em 2014 foi eleito senador, com 36,26% dos votos válidos. No Senado, presidiu a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e participou de colegiados como a Comissão Temporária para Reforma do Código Comercial e da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul. Em 2018, foi candidato ao governo do Amapá, mas não se elegeu.
Na posse, ele prometeu trabalhar pelo fim do voto secreto nas deliberações da Casa e garantiu que valorizará a transparência em todas as práticas do Congresso Nacional. "No que depender da minha condução, esta será a derradeira sessão do "segredismo", do conforto enganoso do voto secreto. Não devemos temer a crítica das ruas: devemos ouvi-la com atenção e acolhê-la com humildade. Alcolumbre assegurou que promoverá a "democratização do processo legislativo" no Senado, garantindo que todos os senadores sejam tratados de forma igualitária. Ele afirmou que irá dividir a responsabilidade de comandar a Casa com os demais colegas e pediu o apoio de todos na função.
Como presidente do Senado, Alcolumbre é também agora quem preside o Congresso Nacional e o terceiro na linha sucessória do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), atrás do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
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