Ministério da Saúde lança campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos 

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) lançaram uma campanha de conscientização sobre os perigos dos cigarros eletrônicos, destacando a ameaça que representam para as crianças e adolescentes. Segundo dados apresentados, o uso de cigarros eletrônicos por jovens aumenta significativamente o risco de começar a fumar cigarros tradicionais mais tarde na vida. A campanha, lançada em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco 2024, tem como objetivo principal proteger as novas gerações dos danos causados pelo tabagismo e alertar sobre as táticas da indústria do tabaco para atrair esse público vulnerável. 

Dados alarmantes revelam uma crescente tendência de experimentação de cigarros eletrônicos entre estudantes brasileiros, especialmente na faixa etária de 13 a 17 anos. Essa tendência é observada de forma mais acentuada nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país. Além disso, os números também indicam um aumento no consumo de cigarros nos últimos 30 dias entre os estudantes nessa faixa etária, evidenciando a necessidade urgente de medidas preventivas e educativas. 

O Ministério da Saúde destaca os prejuízos para a saúde associados ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar, que incluem não apenas os cigarros eletrônicos, mas também outros produtos de tabaco aquecido. Esses dispositivos emitem substâncias nocivas, como nicotina e outros compostos tóxicos, que afetam tanto os usuários diretos quanto os expostos ao aerosol. A nicotina, em particular, causa dependência e pode impactar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, afetando o aprendizado e a saúde mental. 

A Anvisa já havia proibido a comercialização, fabricação e publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil desde 2009, e recentemente ampliou essa proibição para dispositivos eletrônicos para fumar em geral. Essas medidas visam proteger a população, especialmente os jovens, dos danos associados ao uso desses produtos. 

 – A comercialização dos cigarros eletrônicos é proibida no país. iStock/Ilustração