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Covid-19

Mortalidade na santa Casa está abaixo dos índices estaduais

Jairo Souza/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Prefeito Ronnie Mello destacou o trabalho realizado pelo HSCU e pela Secretaria de Saúde no combate à pandemia;

O Hospital Santa Casa de Uruguaiana tem taxas de mortalidade por covid-19 inferiores às taxas registradas no Estado. É o que aponta um relatório elaborado pela área assistencial da instituição e que integrou o raio x apresentado pela Prefeitura Municipal na tarde desta sexta-feira, 2/7, em ato realizado no salão nobre do Palácio Rio Branco. Foram convidados para a apresentação representantes do Comitê de Contingenciamento, vereadores e a imprensa.

Ao abrir a apresentação o prefeito Ronnie Mello destacou que "não há o que comemorar", pois a perda de cada uma das vidas levadas pela pandemia dói, mas que "conforme os senhores poderão perceber nos dados a serem apresentados aqui, poderíamos ter perdidos muitas outras vidas. Centenas de vidas foram salvas graças ao trabalho realizados pelos profissionais da Santa Casa e da Secretaria de Saúde, e pela parceria de instituições, da nossa comunidade através de doações". A gestora administrativa da Santa Casa, enfermeira Thaís Aramburu também participou do encontro.

Índices de mortalidade menor que o RS

O documento é assinado pelo coordenador do serviço de fisioterapia da instituição, fisioterapeuta Rafael Malheiros, e pela coordenadora de enfermagem, enfermeira Graciane Lafuente, que fizeram a apresentação dos dados.

O relatório traz dados referentes aos atendimentos ocorridos entre março de 2020 até maio de 2021. Na comparação com os dados publicados pelo estado do Rio Grande do Sul, a mortalidade inferior à registrada no Estado se repete nos três índices considerados: taxa de óbito geral em internações, a taxa de óbito em UTI e a taxa de óbito em ventilação mecânica.

No índice geral, a taxa de mortalidade na Santa Casa é de 27,51% enquanto o índice gaúcho é de 39%. Entre os pacientes da UTI, a Santa Casa tem um índice de 63,35% enquanto o Rio Grande do Sul tem um percentual de óbito de 81%. Entre os pacientes que necessitam de ventilação mecânica - a chamada intubação - a mortalidade na Santa Casa é de 80,42%, enquanto no estado alcança 91%.

Entre os municípios da 10ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) e a Região Covid Uruguaiana (R03), apesar de ser o maior município e possuir a maior população, o município é o terceiro com maior número de óbitos, considerando dados de mortalidade por cada 100 mil habitantes.

Taxa próxima aos países europeus

Ao analisar a taxa de mortalidade registrada no ano de 2020, o HSCU apresenta um índice abaixo do índice nacional. Enquanto no Brasil, a mortalidade fechou o ano em 38%, o índice da Santa Casa é de 23%, se aproximando dos índices registrados em países europeus, como a da Alemanha, que é de 22%.

Internações e altas

Entre março de 2020 até maio de 2021 o Hospital Santa Casa de Uruguaiana registrou mais de mil internações por covid-19, com média considerável de altas hospitalares e taxa de óbito geral significativamente baixa. São 1 334 pacientes internados, com grande aumento nos cinco primeiros meses de 2021 - 330 hospitalizações no ano passado e 1 004 em 2021.

Desse total, 908 receberam alta hospitalar e retornaram para casa; 367 infelizmente evoluíram para óbito (incluindo pacientes de outras cidades que foram atendidos na instituição); e 54 pacientes foram transferidos para outros municípios.

Em 2020, 72,8% dos pacientes hospitalizados receberam alta, 23,3% faleceram e 4,8% foram transferidos para outras cidades. Já entre os pacientes internados em 2021 - com mais de três vezes o número de internações - 66,8% receberam alta e 28,8% faleceram. O percentual de doentes transferidos para outras instituições também foi menor, 3,3%, indicando que o HSCU foi responsável pelo tratamento de quase 100% dos munícipes que necessitaram de hospitalização.

Casos positivos

Os dados apresentados pelo secretário de Saúde, Diego Cantori, abrangem até o dia 28 de junho e demostram que foram realizados 63 691 exames no município, sendo que 14 582 tiveram resultado positivo. São 7 866 pessoas do sexo feminino e 6 716 pessoas do sexo masculino que foram infectados com o coronavírus.

Entre os positivos, o maior índice está na faixa etária dos 30 aos 39 anos - 3.235. E o menor índice está na faixa etária do zero aos nove anos - 422 casos.

Entre os óbitos registrados para Uruguaiana no período de 1º de julho de 2020 a 16 de junho de 2021 (380 mortes), 193 eram mulheres e 187 homens. Os óbitos foram registrados em maior número na faixa etária dos 60 aos 69 anos (91) e o menor número está na faixa dos 10 aos 19 anos (1).

Cantori também falou sobre os atendimentos realizados no Centro de Atendimento Covid, que chegaram a 17 576 consultas, 11 873 delas de janeiro a 16 de junho deste ano. O pico dos atendimentos ocorreu na 13ª semana epidemiológica de 2021, no final do mês de março.

Vacinas

Finalmente, o Secretário apresentou os dados referentes a vacinação, que mostram que o município recebeu neste período 67 314 doses de imunizantes contra a covid-19, dos quais foram aplicados 67 064. São 61 151 primeiras doses e 15 913 segundas doses. O percentual atual de vacinação com a primeira dose é de 40,31% e de segunda dose é de 12,54%. A estimativa tem como base a população geral do município.

Diego Cantori também explicou que as doses recebidas e ainda não aplicadas são destinadas ao reforço de pessoas que ainda não procuraram a segunda dose. "A segunda dose é fundamental e a gente pede à população que verifique no seu cartão. Quem já pode fazer a segunda aplicação deve procurar os postos de saúde", disse.

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