Doação de órgãos
Santa Casa volta a captar órgãos para transplante
Após cinco anos sem realizar a captação de órgãos para transplante, o Hospital Santa Casa de Uruguaiana captou, no início da madrugada deste domingo, 24/7, os dois rins e o fígado de uma mulher de 44 anos que teve a morte cerebral confirmada na quinta-feira, 22/7. Contatados pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do HSCU, os familiares de Simone da Rosa Sierra de Oliveira decidiram realizar a doação.
O procedimento cirúrgico de coleta foi realizado por equipe de especialistas da Organização de Procura de Órgãos (OPOs), formada pelo médico cirurgião Julian Martin e pelo enfermeiro Mateus Gomes Cócaro, com apoio de equipe de profissionais do Centro Cirúrgico do HSCU formada pelo médico anestesiologista Rafael Dornelles e os enfermeiros Candisse Arend e Carlos Messa, pelos técnicos Kelen Teles Martins, Ellen Fonseca, Simone Martins, Carla Melo, Meri Souza e Daniel Duzac, e ainda a enfermeira residente Valéria Lima.
Conforme a enfermeira responsável pelo Centro Cirúrgico do HSCU, Candisse Arend, também foi fundamental o trabalho da equipe da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "São muitos ciclos e muitos cuidados necessários para manter as condições do corpo para a captação até que a equipe chegue a Uruguaiana e o procedimento aconteça. Esses cuidados ficaram a cargo da UTI que os desempenhou com eficiência", destaca.
Esta é a primeira captação de órgãos desde 2017. Em novembro daquele ano um coração foi captado no Hospital Santa Casa, de uma mulher de 35 anos, e transplantado em um paciente no interior de São Paulo.
A captação emocionou a equipe que participou do procedimento. "É um gesto maravilhoso e somos muito gratos à família dela. A doação transforma um momento de dor em esperança. Da dor dessa família, outras pessoas serão salvas, outras famílias poderão ter um ente querido junto de si. Um gesto de caridade infinita, de amor ao próximo, onde na dor da perda encontram forças para ajudar ao próximo", diz Candisse Arend.
Fila de espera
De acordo com os últimos dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS), datados de maio de 2022, o Rio Grande do Sul tem 2 695 pessoas aguardando um órgão. Destes, 1 314 precisam de um rim e 160 precisam de um fígado. Os demais aguardam córnea (943), medula óssea (187), pulmão (74), coração (12) e pâncreas (1). Outras quatro pessoas aguardam um transplante de rim e pâncreas.
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