Para 2025
Vacina contra dengue deve demorar para chegar ao SUS
Reprodução imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - O estudo da vacina brasileira ainda está em desenvolvimento.
A Qdenga, nova vacina contra a dengue, começou a ser aplicada este mês no Brasil em clínicas e laboratórios privados. Embora aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde março, o Ministério da Saúde informa que o imunizante, produzido por um laboratório japonês ainda precisa passar por análises internas antes de ser incorporado à rede pública. Isso pode levar até um ano. Além disso, o ministério prioriza um produto nacional, desenvolvido pelo Instituto Butantan, que ainda nem teve a pesquisa concluída.
A vacina japonesa teve eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo e pode ser aplicada em crianças acima de 4 anos, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. O imunizante começará a ser vendido na rede particular a partir deste mês por valores entre R$ 400 e R$ 500.
A pasta disse em nota que “o Ministério da Saúde informa que não possui posicionamento contrário sobre a vacina da dengue, cujo pedido de incorporação no SUS sequer foi apresentado formalmente pela empresa. O Ministério da Saúde tem uma política de garantir a produção nacional, evitando a tragédia observada na pandemia da covid-19, quando faltaram ventiladores e até equipamentos de proteção individual elementares. No entanto, jamais essa orientação será em detrimento do acesso da população a tecnologias eficazes e com possibilidade de aquisição pelo SUS”.
A oferta pelo SUS, porém, deve ser avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Segundo o órgão, são analisados “aspectos como eficácia, efetividade, segurança e impacto econômico da nova tecnologia com base nas melhores evidências científicas disponíveis.” O pedido, segundo a Takeda, será apresentado ainda neste mês.
No Brasil, o imunizante do Instituto Butantan, em desenvolvimento desde 2009, deve ser enviado para análise da Anvisa em meados de dezembro de 2024. Na prática, a aprovação deve ficar para 2025.
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