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Covid-19

Variante 'brasileira' já está presente em pelo menos oito países

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a cepa da covid-19 P.1, localizada inicialmente no Brasil, já está presente em pelo menos oito países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Itália, Coreia do Sul e Japão.

A informação está no Boletim Epidemiológico Semanal da entidade, que aponta a necessidade de mais estudos para avaliar se a variante traz mudanças na transmissibilidade, na severidade da doença ou para a imunização dos pacientes. A OMS diz que a partir de investigações preliminares em Manaus, percebeu aumento na proporção de casos da cepa, conhecida como P.1, de 52,5% em dezembro do ano passado para 85,4% do total de casos na cidade em janeiro deste ano.

A organização também anunciou que a variante britânica do novo coronavírus está presente em um mínimo de 70 países, dez a mais que na contagem anterior, em 25 de janeiro. Já a cepa sul-africana, outra mutação altamente contagiosa do vírus, foi detectada em 31 países até o momento.

Os números geram temores sobre seu possível potencial maior de transmissão ou de propensão a reinfecções, adverte a entidade. Por isso, a OMS reforçou novamente a importância do cumprimento das medidas sanitárias e destacou a necessidade de ampliação de testes e diagnósticos, além da realização de sequenciamento genético e "compartilhamento oportuno" dessas informações internacionalmente. "O sequenciamento sistemático deve ser considerado para um subconjunto de viajantes, bem como amostras coletadas na comunidade para verificar a existência e extensão de transmissão local", conclui o boletim.

Fronteiras fechadas

Com a descoberta da variante originária do Amazonas e o aumento no número de casos da doença, vários países estão suspendendo seus voos de ou para o Brasil. O governo brasileiro, por sua vez, suspendeu voos para o Reino Unido e a África do Sul. Cerca de cem, incluindo os EUA, também determinaram fortes restrições a brasileiros ou turistas com passagens pelo Brasil

O último anúncio ocorreu nesta quarta-feira, 27/1, com o governo de Portugal suspendendo todos os voos comerciais ou privados de e para o Brasil. A decisão valerá inicialmente entre esta sexta-feira e o dia 14 de fevereiro. Apenas voos humanitários e de repatriação de cidadãos e residentes legais da União Europeia serão permitidos, com passageiros apresentando testes negativos para a covid-19 realizados até 72 horas antes do embarque.

Na Zona Schengen, formada por 22 dos 26 países membros da União Europeia, além da Islândia, Noruega, Suíça e Lichtenstein, as fronteiras estão fechadas para quem voa direto do Brasil. É o caso de Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Suécia e Suíça. Nesses países, a entrada de brasileiros não é proibida, mas está condicionada à apresentação de exame PCR negativo feito com 72 horas de antecedência ao embarque e, na maioria dos casos, ao cumprimento de quarentena no país. A Alemanha, porém, planeja suspender seus voos internacionais para conter um novo surto da pandemia.

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden restabeleceu a proibição de entrada à maioria dos viajantes não americanos e não residentes nos EUA que chegam de Brasil, Reino, Irlanda e outros 26 países europeus do Espaço Schengen de livre circulação. A medida havia sido revogada pelo ex-presidente Donald Trump a dois dias do fim de seu mandato.

O governo britânico decretou a proibição de viagens com origem no Brasil e outros países da América do Sul por tempo indeterminado. Os voos entre Brasil e Reino Unido estão suspensos desde o dia 25/12 por decisão do governo brasileiro, após a descoberta de uma variante britânica do coronavírus, que se tornou prevalente no país europeu e é potencialmente mais infecciosa do que as demais cepas. No entanto, brasileiros tinham a possibilidade de chegar ao Reino Unido por meio de conexões, o que não é mais possível com as novas restrições.

Líder mundial na vacinação contra Covid-19, Israel está sob uma terceira quarentena nacional desde 27 de dezembro, que o governo planeja suspender no final de janeiro. O governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decretou o fechamento total do espaço aéreo de Israel para voos internacionais a partir da noite do dia 25.

Os voos entre Itália e Brasil estão suspensos desde o dia 16 de janeiro, bem como a entrada de passageiros que tenham passado pelo país nos últimos 14 dias. No Peru o presidente interino, Francisco Sagasti, anunciou na terça-feira a proibição de voos para o Brasil, enquanto um terço do país, incluindo a capital, Lima, será posto em quarentena total de 31 de janeiro a 14 de fevereiro, com o objetivo de conter o aumento de casos provocado pela segunda onda. Os voos do Brasil para a Turquia estão suspensos desde o dia 22 por determinação do governo do presidente Recep Tayyip Erdogan. A medida não tem prazo de validade.

Argentina

Uma posição formal da Argentina acerca do tema é esperada para os próximos dias, visto que o fechamento das fronteiras argentinas para turistas de países fronteiriços, entre eles o Brasil, segue até 31 de janeiro. O decreto original, de 25 de dezembro de 2020, previa o fechamento só até 7 de janeiro, mas a medida foi renovada pelo governo da Argentina.

A restrição, contudo, não se aplica aos cidadãos argentinos e aos residentes permanentes, incluindo os funcionários de missões estrangeiras acreditados junto à chancelaria local. Para estes, a entrada no país está condicionada ao cumprimento de quarentena, que pode variar de sete a nove dias de acordo com a data em que foi realizado o exame PCR.


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