Rubens Montardo Junior
A terceira via nacional
Ao analisarmos o contexto político atual e se procurarmos nas redes sociais podemos constatar uma "guerra" de notícias fakes, acusações e troca de farpas entre bolsonaristas e lulistas e, para sermos sinceros, ambos têm razão em muitos pontos. Com a liberação do ex-presidente Lula, a arena política ferveu. O atual mandatário Jair Bolsonaro e seus fiéis seguidores atacam freneticamente Lula e o PT. Por sua vez, petistas criticam a condução desastrosa do Governo Federal, sob a batuta de Bolsonaro na pandemia, onde incentivou aglomerações, o não uso de máscaras, debochou do Covid tratando-o como gripezinha e resfriadinho, desdenhou da vacina Coronavac chamando-a de vacina do Doria e dos chineses, e que quem tomasse poderia virar jacaré, dentre outras desinteligências. Afora suas costumeiras grosserias, até um churrasco tinha sido anunciado no Palácio, com uma partidinha de futebol, justamente no fim de semana em que o Brasil atingia os 10 mil mortos por este maldito vírus. O inusitado evento foi cancelado após ampla repercussão negativa na imprensa nacional. Ainda, pousa sobre Bolsonaro as intrigadas e perigosas relações de seus pimpolhos, bem como sua reiterada admiração por um torturador contumaz, uma das figuras mais abjetas e cuja trajetória desonrou a raça humana. Creio que muito dos 57 milhões de votos em Bolsonaro foram de pessoas que não queriam a vitória do PT. Não votaram no seu "programa" de governo, sua simpatia, educação ou capacidade administrativa. Votaram no candidato que teria, conforme as pesquisas, a possibilidade de derrotar o PT. Por outo lado, o PT nunca fez a mea culpa, preferiu negar a realidade, escamotear seus "pecados" e seguir com o discurso de arautos da moralidade e inventores da ética. Perderam tempo, perderam a oportunidade, perderam a eleição e milhões de eleitores. Lula, o grande líder do partido foi condenado e as outras mazelas suas e de muitos líderes petistas foram amplamente expostas. A raiva não é boa conselheira, nunca foi. Para quem analisa a questão de forma imparcial, os dois já cumpriram o seu papel no campo político-eleitoral. O Brasil não quer a turma da propina e nem da rachadinha. O Brasil precisa, quer e merece algo melhor, um projeto de desenvolvimento, com investimentos em áreas estratégicas e crescimento econômico, sem burocracia, fanatismo, imbecilidade e corrupção. Aí que o caldo entorna. Teremos uma terceira via na tentativa de quebrar esta polarização que só interessa ao BolsoLulismo? Parte do eleitorado brasileiro já dá mostras de que está cansando de ver tanta radicalização. Na terceira via, atualmente, aparecem nomes com chance de postularem e liderarem uma candidatura alternativa viável. Neste campo declino os nomes de Eduardo Leite e Luciano Huck, sendo que o renomado apresentador tem uma imagem consolidada em todo país, amparada em programas televisivos. Dependendo da conjuntura, leia-se o candidato, coligação, apoios e/ou companheiro (a) de chapa, a terceira via poderá vencer o pleito. Já tivemos exemplos de vitórias de um candidato pela terceira via aqui no Rio Grande do Sul: Germano Rigotto em 2002, e Yeda Crusius em 2006. Vamos aguardar as movimentações políticas e partidárias nos próximos meses para termos uma boa noção de como será a campanha política de 2022.
Pronunciamento
Ao ver, ler e ouvir certas barbaridades lembrei da máxima do alemão Joseph Goebbels (1897-1945), ministro da Propaganda na Alemanha nazista que dizia: "Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade".
Pandemia
Nos últimos dias recrudesceu nossa tristeza. Lamento a morte de tanta gente amiga, tanta gente boa, tanta gente jovem partindo e milhares de famílias sofrendo. Só um monstro para desdenhar deste vírus. Só uma besta para minimizar uma tragédia de tão grandiosas proporções. Resta-nos a esperança na vacina, a fé de que sairemos deste caos e uma gratidão eterna aos profissionais de saúde que arriscaram suas vidas em prol da sociedade. Cuidem-se e respeitem as recomendações amplamente divulgadas nos meios de comunicação. Que Deus nos proteja!
José Borda
Meus sentimentos aos familiares, amigos e colegas do prezado jornalista e radialista José Luis (Zeca) Monteiro Borda que faleceu aos 72 anos de idade, no dia 22/03. Profissional ético, dedicado, atencioso e competente, militou em nossa imprensa sempre com muito zelo, humildade e respeito com todos, como é a prática desta família que tem história no jornalismo de Uruguaiana. Pessoas boas e do bem! Podem ter certeza que Deus reservou um lugar bem melhor para ele seguir sua missão, com alegria e paz. RIP!
Oráculo
"Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem". - Nelson Rodrigues (1912-1980), escritor e jornalista brasileiro.
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