Rubens Montardo
No Tribunal da História
Governar é tomar decisão, enfrentar desafios, ter grandeza na vitória, saber direcionar suas atitudes e ações em prol da coletividade, fazer o melhor possível para atender os anseios do seu povo, as demanda da sociedade, sempre pautando sua conduta pela sensatez, educação e equilíbrio emocional. O exercício do poder só tem valia quando usado para ajudar, promover, amparar e melhorar a sociedade e a vida das pessoas, quando serve para perseguir, criar conflito, promover a discórdia, incentivar o fanatismo e a imbecilidade é um atraso, uma aberração ignominiosa.
Um dos maiores estadistas do século XX e da história da humanidade, no meu modesto entendimento foi o ilustre cidadão britânico Winston Leonard Spencer-Churchill (Woodstock, 30 de novembro de 1874 - Londres, 24 de janeiro de 1965), famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-ministro britânico por duas vezes (1940-1945 e 1951-1955). Orador e estadista notável, também foi oficial do Exército Britânico, historiador, escritor e artista. Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura e a cidadania honorária dos Estados Unidos. Durante sua carreira no exército, Churchill pôde assistir à ação militar na Índia britânica, no Sudão e na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902). Ganhou fama e notoriedade como correspondente de guerra através dos livros que escreveu, descrevendo as campanhas militares. Ele serviu brevemente no Exército britânico na Frente Ocidental, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), comandando o 6º. Batalhão dos Fuzileiros Reais Escoceses. Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico, contando 65 anos de idade. Antes de ser primeiro-ministro britânico, Churchill esteve em cargos proeminentes na política do Reino Unido por quatro décadas. A sua carreira política foi marcada pela sua eleição como parlamentar pelo partido conservador em 1900; a sua ascensão a secretário para os Assuntos Internos em 1910; a sua estadia na Secretaria do Tesouro do Reino Unido entre 1924 e 1929 e os seus dois períodos como primeiro-ministro do Reino Unido. Os seus discursos memoráveis, conclamando o povo britânico à resistência e a sua crescente aproximação com o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados - Grã-Bretanha, União Soviética e Estados Unidos. Com a sua liderança e grandiosidade como ser humano foi um dos principais responsáveis por livrar o mundo da tirania do nazismo, do monstruoso Adolf Hitler e de seu fanático séquito de adoradores que mataram milhões de inocentes. O Holocausto não pode e jamais deve ser esquecido.
Atualmente, o mundo enfrenta uma pandemia, um tempo marcado por tantas perdas, tristeza, mortes e desolação. Precisamos de líderes com capacidade para entender este momento e levar seus países e seu respectivo povo para caminhos seguros, do diálogo, do bom senso, de apoio aos cientistas, de compreensão, respeito, dignidade e lucidez. Precisamos de um líder com a envergadura moral, a inteligência e a capacidade administrativa de um Churchill e jamais de um dublê de um tresloucado Nero, com traços do demagogo Odorico Paraguaçu, mesclado com Napoleão de hospício e uma Maria Louca. Quem for omisso, quer pecar neste momento angustiante, faltar com a verdade, desdenhar da ciência, promover a crise e o caos terá suas sandices e devaneios julgados pelo infalível Tribunal da História o qual, para júbilo dos justos, costuma ser impiedoso com todos aqueles que, mal intencionados e negligentes, infelicitam seu povo e desgraçam sua gente.
Oráculo
"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida." - Abraham Lincoln (1809 - 1865), foi presidente dos Estados Unidos da América.
Besteiras
O escritor, jornalista, humorista e compositor brasileiro, Sérgio Rangel Porto (1923-1968), imortalizado com o seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta, escreveu o divertido Febeapá - Festival de Besteiras Que Assola o País, que teve dois volumes. Nos últimos tempos um farto material está disponível para uma robusta reedição. Que falta faz o Stanislaw!
Amigo
Terça-feira, dia 09/03, marca os 7 anos de falecimento do ator uruguaianense, radialista, ex-vereador e ex-secretário municipal de Cultura, Miguel Augusto Santurio Ramos. RIP!
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