URUGUAIANA JN PREVISÃO

Piso do Magistério

Governo Federal estuda barrar reajuste de professores

Ilustração imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O Governo Federal busca barrar o reajuste salarial dos professores da educação básica previsto pela Lei do Piso do magistério. A informação foi divulgada na semana retrasada, quando, através da Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação, o governo federal se posicionou extraoficialmente pela revogação parcial da Lei 11.738, que regulamenta o piso salarial nacional da categoria.

Agora, segundo o jornal Folha de S. Paulo, há planos para editar uma medida provisória e alterar as regras relativas ao piso. A categoria vem se mobilizando pelo país para eventuais judicializações caso o reajuste não ocorra. O último aumento do piso foi em 2020.

A lei atual vincula o reajuste dos ganhos mínimos dos professores à variação do valor por aluno anual do Fundeb, principal mecanismo de financiamento da educação, que destina investimentos à educação de acordo com o número de alunos da rede básica.

As regras do Fundeb foram alteradas por emenda constitucional em 2020. Isso aumentou a participação da União no bolo de recursos e, por consequência, impacta o avanço do valor por aluno adotado como critério.

A emenda diz que "lei específica disporá sobre o piso salarial profissional" do magistério. Há consenso de que a lei precisa ser revista para se adequar ao novo Fundeb, mas o Congresso não apreciou novo projeto sobre o tema.

Alinhado com prefeituras e governos estaduais, o governo federal tem mantido entendimento de que, com o novo Fundeb, a lei atual do piso não pode e não precisa ser seguida. Por outro lado, representantes sindicais da categoria afirmam que, enquanto não houver nova lei, o texto de 2008 continua valendo e deve ser respeitado.

A área econômica defende que o reajuste seja atrelado à inflação, o que não garantiria aumento real. Assim, o governo estuda a edição de uma MP para mudar o critério de reajuste e vinculá-lo ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que é defendido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

O reajuste de 33,2% provocaria impacto de R$ 30 bilhões só nas finanças municipais, segundo a CNM. O incremento no piso de 2020 foi de 12,84%. Caso o cálculo seguisse o INPC, seria de apenas 4,6%.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo, afirmou em nota que a entidade já orientou sindicatos da categoria a judicializar a questão caso não haja atendimento à lei atual.


Responsável pelo Enem pede demissão de cargo no Inep Anterior

Responsável pelo Enem pede demissão de cargo no Inep

Prazo para efetivação das matrículas da termina hoje Próximo

Prazo para efetivação das matrículas da termina hoje

Deixe seu comentário