A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu na última terça-feira, 18/6, manter as tarifas de energia atuais da Rio Grande Energia (RGE Sul) Distribuidora de Energia por dois meses. O reajuste tarifário previsto para iniciar na quarta-feira, 19/6, foi prorrogado pela diretoria colegiada da Aneel, agora programado para ocorrer somente após 18 de agosto. 

Anteriormente, estava prevista uma alta média de 1,10% na tarifa para todos os consumidores da RGE Sul, com variações de -3,99% para alta tensão e 3,72% para baixa tensão. Para os clientes residenciais em baixa tensão, o reajuste seria de 3,13%. 

Em maio deste ano, o governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública devido às intensas chuvas, situação reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. 

A RGE Sul explicou que, na época em que os primeiros 336 municípios foram afetados por eventos climáticos extremos, a empresa era responsável pelo fornecimento de energia a 271 dessas cidades. Por essa razão, a concessionária considerou inviável aplicar um reajuste tarifário significativo neste momento. 

A empresa propôs à Aneel a prorrogação por dois meses para não agravar ainda mais a situação econômica de seus clientes nos próximos meses. 

Segundo a Aneel, o preço da energia elétrica é calculado anualmente pela diretoria da agência para garantir o fornecimento de energia com qualidade à população e para fornecer recursos suficientes para manter as operações das empresas do setor, conforme explicado em vídeo institucional. 

Comitê de crise 

Em 3 de maio, a Aneel criou um comitê de crise para monitorar as ações no Rio Grande do Sul. Desde então, a agência flexibilizou as regras de comercialização de energia elétrica para permitir que as empresas se concentrassem na restauração da infraestrutura e na melhoria das condições de atendimento aos consumidores afetados pelo evento climático extremo.