RGE inaugura maior usina fotovoltaica da empresa em Uruguaiana
Asur
Quem é o grupo mexicano que comprou o Ruben Berta
Cristiano Guerra/JC - Aeroporto Rubem Berta está entre os terminais cuja operação foi vendida para o grupo mexicano
Em fato relevante publicano na quarta-feira, 19/11, foi confirmado a compra da operação dos 20 aeroportos administrados pela Motiva (antiga CCR) pela mexicana Aeropuerto de Cancún, subsidiária do Grupo Aeroportuario del Sureste (ASUR).
Dos 20 aeroportos, 17 estão no Brasil e três deles no Rio Grande do Sul: o Aeroporto Internacional Rubem Berta, em Uruguaiana; o Aeroporto Comandante Gustavo Kraemer, em Bagé; e o Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto, em Pelotas – todos com mais de 15 anos restantes em seus contratos de concessão. Os internacionais são em Curaçao, Costa Rica e Equador.
Com ações na bolsa de Nova York, valendo US$ 8,3 bilhões, a nova controladora opera atualmente nove aeroportos no México (Cancún, Cozumel, Huatulco, Mérida, Minatitlán, Oaxaca, Tapachula, Veracruz, Villahermosa), que recebem 31 milhões de passageiros por ano. Também comanda outros sete na América Latina, em Porto Rico e na Colômbia.
A aquisição de agora representa sua entrada no Brasil. "A aquisição representa um passo importante na estratégia de expansão da ASUR na região, adicionando quatro novos mercados na América Latina e no Caribe, incluindo o maior mercado de aviação da América Latina em número de passageiros, o Brasil, à presença já existente da ASUR no México, Colômbia e Porto Rico. Esta aquisição adicionará mais de 45 milhões de passageiros aos 71 milhões registrados pela ASUR em 2024, consolidando a ASUR como a principal operadora aeroportuária das Américas. Dos 20 aeroportos no portfólio da CPC, 17 têm mais de 15 anos restantes em seus contratos de concessão.", diz o comunicado da empresa ao mercado.
Sem impacto para o usuário
De acordo com a Motiva, não há nenhum impacto operacional nos aeroportos, que continuam funcionando normalmente. A empresa seguirá à frente da administração do terminal pelos próximos meses, até que a transação seja formalmente concluída, “mantendo o atual quadro de colaboradores, assegurando o cumprimento dos contratos vigentes e com o compromisso de oferecer a melhor experiência aos passageiros”. A previsão é que a conclusão do processo aconteça em 2026, após a aprovação pelo poder concedente e pelos órgãos de defesa da concorrência.
O negócio
A transação, no valor total de R$ 11,5 bilhões, sendo R$ 5 bilhões em equity pelas participações acionárias da Companhia nos ativos aeroportuários, e R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas, se refere à alienação de 100% das ações detidas pela Motiva na CPC Holding, veículo que consolida as cotas da Companhia nos seus 20 aeroportos.
Voos
De janeiro a setembro de 2025, foram 1 375 voos entre o Brasil e o México, o que representa alta de 17% sobre o mesmo período do ano passado. Já o número de passageiros transportados chegou a 253 mil, 15,4% a mais do que em 2024. A expectativa do Ministério de Portos e Aeroportos é de que esse número cresça ainda mais, com aumento no turismo de lazer e de negócios.
As operações aeroportuárias da Motiva, que agora se dedicará a rodovias e mobilidade urbana, tem movimentação anual de 47 milhões de passageiros e mais de 200 rotas regulares.
Nos 12 meses encerrados no terceiro trimestre de 2025, a Receita Líquida do negócio de Aeroportos da Motiva totalizou R$ 2,565 bilhões e o EBITDA alcançou R$ 1,301 bilhão, com margem de 51%, além de 524 mil toneladas de carga movimentadas. Esses indicadores traduzem uma plataforma resiliente, diversificada e eficiente, apta a capturar crescimento com qualidade de serviços, produtividade e robusto fluxo de caixa.
Os aeroportos
Os aeroportos fora do Brasil que integram o negócio são em Curaçao, Costa Rica e Equador. Já os brasileiros são:
Rio Grande do Sul: Ruben Berta, Uruguaiana; Comandante Gustavo Kraemer, em Bagé; e João Simões Lopes Neto, em Pelotas;
Paraná: Curitiba (São José dos Pinhais), Bacacheri, Foz do Iguaçu, Londrina;
Minas Gerais: Belo Horizonte (Confins), Pampulha;
Goiás: Goiânia;
Santa Catarina: Navegantes, Joinville;
Maranhão: São Luís, Imperatriz;
Piauí: Teresina;
Tocantins: Palmas;
Pernambuco: Petrolina.
Deixe seu comentário