Argentina
Uruguaianenses cruzam a fronteira para banho de sol artificial
Ilustração/Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Bronzeamento artificial é febre
Em 2009, uma resolução da Anvisa proibiu o uso de equipamentos de bronzeamento artificial em todo o País. Conforme a norma, não há como determinar nível seguro de exposição aos raios ultravioletas, que podem causar câncer de pele. A decisão gerou polêmica, pois o método facilitava a vida das mulheres que buscam a “cor perfeita” para o verão. Foi preciso recorrer bom e velho banho de sol dentro dos horários permitidos, mas para quem mora na fronteira, correr riscos faz parte do dia a dia. Liberado na Argentina, o bronzeamento artificial atrai as uruguaianenses para Paso de los Libres. Ignorando os riscos para a saúde, elas a ponte e contratam o serviço que aqui no Brasil é ilegal.
As profissionais librenhas agendam os atendimentos através das plataformas virtuais. Em alguns casos, os pacotes com seis sessões custam $ 14 mil pesos. Nossa reportagem também encontrou o serviço por sessão única a R$ 12. Vale destacar que o uso das câmaras de bronzeamento que emitem radiação ultravioleta (UV), com finalidade estética está associado ao risco de câncer de pele.
Dermatologistas destacam sobre o resultado nocivo para os olhos durante os procedimentos realizados nas câmaras. Também afirmam que os efeitos são cumulativos, quanto mais jovem e tempo de exposição mais prejudicial à saúde.
De acordo com a médica dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Aline Magnus, as câmaras de bronzeamento aumentam significativamente o risco de câncer de pele, que é o tipo mais comum do mundo, tanto em homens quanto em mulheres. "A gente não tem nenhum benefício em realizar o procedimento nas câmaras de bronzeamento, e sendo proibido no Brasil a gente sabe que em outros países ainda não é, temos o nosso vizinho, aqui na argentina, e sabemos que tem muitas pessoas que atravessam a ponte para esse tipo de bronzeamento. O paciente tem que estar ciente dos riscos, mesmo que seja feito só uma vez, qualquer exposição nessa câmara será prejudicial para a pele." completa a médica dermatologista.
Muitos dos equipamentos bronzeiam sem deixar a pele vermelha e isso pode gerar a falsa sensação de que não houve queimadura, mas os raios ultravioletas do tipo “A”, também conhecidos como UVA, que são emitidos pelos equipamentos, aumentam o melasma, envelhecimento precoce e sardas brancas.
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