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Índices criminais

Crimes de homicídio aumentaram em maio

A consolidação dos indicadores criminais de maio confirma a ausência de influência das restrições impostas pela pandemia da Covid-19 sobre as ocorrências de homicídio no Rio Grande do Sul. Neste item, o índice de violência teve aumento, apesar da menor circulação de pessoas. O Estado registrou 154 homicídios, nove a mais que o mesmo período do ano passado, o que representa um aumento de 6,2%. 

No acumulado, com as reduções verificadas entre janeiro e março, o indicador segue em baixa. Na comparação entre os cinco primeiros meses de 2019 e de 2020, a queda no número de vítimas de assassinato foi de 6,9%, com 57 mortes a menos - de 827 para 770. É a menor soma para o período desde 2011, quando foram contabilizados 739 óbitos.

A Secretaria de Segurança Pública aponta como possíveis fatores o aumento o acirramento das disputas do tráfico pelo encolhimento do mercado causado pela pandemia pelo novo coronavírus. Além da menor circulação de pessoas, que naturalmente reduz o comércio ilegal de entorpecentes, o volume de apreensões de drogas pelas forças de segurança teve aumento de 188%. Entre janeiro e abril de 2019, a Brigada Militar e a Polícia Civil recolheram 2,97 toneladas de drogas somando maconha, cocaína e crack. No mesmo período deste ano, o total de apreensões se multiplicou para 8,57 toneladas.

Esse grande prejuízo econômico, além de acertos de contas por dívidas ligadas à responsabilização pela perda do material apreendido, acirra disputas por novos pontos de tráfico, o que leva a assassinatos entre grupos rivais. O monitoramento de dados realizado pelo corpo técnico da Gestão de Estatística em Segurança (Geseg), ligado ao programa RS Seguro, aponta que mais de 80% dos homicídios registrados no Estado têm alguma relação com disputas e desavenças inseridas no contexto do tráfico de drogas.

Homicídios de detentos soltos

Além do encolhimento no comércio ilegal de drogas, um levantamento do Departamento de Inteligência da Segurança Pública (Disp) da SSP aponta que contribuiu para o aumento no número de homicídios a soltura de criminosos que estavam presos. As libertações ocorrem durante a vigência da recomendação nº 62 do Conselho Nacional de Justiça, que "recomenda aos tribunais e magistrados a adoção de medidas preventivas à propagação da infecção pelo novo coronavírus (Covid-19) no âmbito dos sistemas de justiça penal e socioeducativo".

Somados os meses de março, abril e maio, o número de detentos beneficiados com concessões de liberdade aumentou de 10.112 no ano passado para 15.334 neste ano. A saída de criminosos, muitas vezes, mobiliza rivalidades entre grupos, abre disputas na hierarquia dos bandos e desencadeia ataques encomendados para acerto de contas.

Entre as 154 vítimas de homicídio no RS em maio, 13 eram indivíduos que estavam presos e ganharam liberdade, o que representa 8,4% do total de assassinatos no Estado. Caso essas mortes não tivessem ocorrido, o número de homicídios no mês teria sido de 141, o que representaria queda de 2,8% sobre os 145 registrados em maio do ano passado.

Desde a chegada da pandemia no Rio Grande do Sul, em março, até o final de maio, 40 presos que ganharam liberdade foram assassinados. O número representa alta de 90% sobre os 21 presos que tiveram liberdade concedida e foram mortos no mesmo período do ano anterior.


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