A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) deflagrou na manhã de ontem, 10/9, a Operação Centurião. A ação foi coordenada pelo delegado Enio Tassi, titular da Draco em Uruguaiana e tem como objetivo desmantelar uma organização criminosa responsável por crimes de tráfico de drogas, tortura e lavagem de dinheiro. 

Foram cumpridos 66 mandados, 38 deles de prisão preventiva e 28 de busca e apreensão. Além da cidade de Uruguaiana, os mandados foram compridos na localidade de São Marcos, interior do município, a cidade de Novo Hamburgo e as penitenciarias de Uruguaiana, Charqueadas, Montenegro e Cadeia Pública de Porto Alegre.

Vinte e cinco pessoas foram presas - 14 delas estavam em liberdade e as outras 11 já recolhidas ao sistema penitenciário. Outras 13 pessoas seguem sendo procuradas pela polícia e estão na condição de foragidas. Também foram apreendidos objetos, incluindo telefones celulares e um drone, além de dinheiro e drogas.

De acordo com Tassi, as investigações começaram a cerca de oito meses após o cometimento de crimes de homicídios em Uruguaiana. "Foi identificada a participação de facções que tinham o objetivo de se instalar em Uruguaiana e região. A partir desse momento teve início uma investigação direcionada a estas facções. Foram diversas apreensões ao longo desses oito meses, e se conseguiu identificar a facção, sua liderança e sub-liderança".

Neste período foram diversas apreensões, que dão materialidade às imputações criminosas, e identificados os principais membros. "Nesse período de investigação, sem contar as apreensões desta data, a Delegacia apreendeu veículos, drogas, dinheiro em espécie, armas e munições avaliadas em mais de R$ 1,5 milhão", afirma o Delegado. Ainda conforme ele, outros órgãos realizaram apreensões ligadas ao grupo que, somadas as da Draco ultrapassam R$ 3 milhões. "Felizmente para a nossa população a união das forças de segurança é muito forte aqui e a presença do Estado, representado pelas forças de segurança, aliado às informações vindas da nossa população nos deixam em uma posição privilegiada em relação ao controle dessa macro criminalidade", diz ele.

"A gente tem a consciência de que não ganhou uma guerra. Mas com certeza ganhamos uma batalha, e isso com o apoio das demais instituições que participaram", finalizou.