Lavagem de dinheiro
Draco deflagra Operação Quebrando a Banca

A Polícia Civil deflagrou na manhã de ontem, 3/10, por volta de 8h, a Operação Quebrando a Banca, de combate aos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação foi coordenada pelo delegado Enio Tassi, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
A operação tinha por objetivo desarticular uma organização criminosa que praticava o crime de lavem de dinheiro, oriundo especialmente da contravenção penal de jogos de azar, como o conhecido Jogo do Bicho. A investigação começou a cerca de um ano e, ao longo das diligências, uma segunda organização criminosa foi identificada.
Ao todo, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão: 24 deles em Uruguaiana, um em Barra do Quaraí e 11 em Cruz Alta, que resultaram na apreensão de maquinas, dinheiro, bobinas, documentos como contratos de locação, objetos uteis na investigação, e duas armas de fogo - uma em Uruguaiana e outra em Cruz Alta. O dono da arma apreendida em Uruguaiana, que estava com o registro vencido, responderá por posse irregular de arma de fogo.
A investigação ainda está em andamento, mas a Draco já identificou grande movimentação de dinheiro e bens móveis e imóveis, que caracterizam a lavagem de dinheiro. Parte desses bens foi alvo de um bloqueio judicial nas contas dos principais investigados. Também houve a restrição do uso de veículos e imóveis.
O grupo costumava locar espaços comerciais que eram utilizados para a prática da contravenção, denominando-os de 'Central do Apostador', em vários bairros da cidade. As apostas eram feitas por meio eletrônico, com máquinas, e depois se dava o recolhimento dos valores oriundos das apostas. Parte do valor era depositado em contas variadas, utilizados para compra de bens para os criminosos ou pessoas de suas relações. Já a outra organização criminosa é chamada de 'Estrela da Sorte' e as investigações seguiram a partir das buscas efetuadas durante a manhã.
De acordo com o Delegado, por trás da contravenção pode haver ainda vários outros crimes, como lavagem de dinheiro, corrupção, extorsão, organização criminosa e sonegação fiscal. A operação contou com a participação de 55 policiais civis e apoio de 50 policiais militares em Uruguaiana e Barra do Quaraí, e outros 55 policiais civis em Cruz Alta
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