Contrariando a métrica do Estado, Uruguaiana vivenciou uma queda nos números de homicídios, segundo levantamento mensal realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP/RS). Os indicadores criminais apontam que o município não registrou assassinatos durante o mês de outubro deste ano. No mesmo mês de 2021, foi contabilizado um crime desse tipo em solo uruguaianense.

Conforme o responsável pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) em Uruguaiana, delegado Nilson de Carvalho, a queda nos índices de homicídio no município tem a ver com a forte repressão ao crime organizado que vem sendo feita na cidade.

"Crimes como homicídios e execuções normalmente tem ligação com o tráfico, por isso, a inibição a esse crime reduz, automaticamente, os outros delitos relacionados ao tráfico", explica o Delegado.

De acordo com o titular da 2ª Delegacia de Polícia em Uruguaiana (2ª DP), delegado Wellington Pinheiro, a redução mostra que tem sido proveitoso o trabalho feito pelas forças de segurança que atuam com a repressão em bloco. Ou seja, que agem não somente nos crimes de alta periculosidade mas em todas as frentes, inclusive os de menor potencial ofensivo.

Estado

O décimo mês de 2022 ainda apresentou uma alta de 2,3% nos índices de homicídios, com três casos a mais do que em outubro de 2021. Foram 132 neste ano contra 129 no ano passado.

Com essa alta, o acumulado do ano teve alta de 2%. Entre os meses de janeiro a outubro de 2021 foram contabilizados 1 339 assassinatos em terras gaúchas. Já nesse ano, a somatória mostra que foram 1 366 homicídios - 27 a mais que no ano passado.

Segundo a SSP, esse é o segundo mês em que este cenário demonstra forte desaceleração em relação a alta significativa verificada em agosto, decorrente das inúmeras ações adotadas pelas forças de segurança no Estado, para coibir o conflito localizado em Porto Alegre. Na Capital o aumento nos homicídios em outubro foi de 23,8%, passando de 21 casos, no ano anterior, para 26 em 2022. No acumulado a alta é de 14% na comparação entre os períodos.