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Inteligência forense

IGP lidera ranking nacional de análise balística de armas e projéteis

Divulgação/SSP - O IGP do RS lidera o ranking nacional de balística, com mais de 20 mil correlações de dados em armas e projéteis.

O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP RS) alcançou o primeiro lugar no Brasil no número de registros e comparações balísticas realizadas no Sistema Nacional de Perícias (Sinab). O levantamento, que abrange o período entre janeiro de 2022 e junho de 2025, mostra que o órgão gaúcho realizou mais de 11 mil inserções e ultrapassou 20 mil correlações de dados, consolidando uma atuação de destaque entre as instituições de perícia criminal do país. 

  desempenho é resultado do investimento contínuo em inovação tecnológica e na qualificação das equipes responsáveis por investigar delitos envolvendo armas de fogo. Desde julho de 2022, quando o estado passou a integrar o Sinab, a Divisão de Balística Forense do IGP assumiu o compromisso de alimentar o banco nacional com informações detalhadas sobre projéteis e estojos coletados em cenas de crime ou em armas apreendidas. 

Segundo o diretor-geral do instituto, Paulo Barragan, o reconhecimento reflete o empenho coletivo dos servidores. “Estamos diante de uma conquista que comprova a relevância da perícia criminal para a segurança pública. Cada conexão balística confirmada representa uma oportunidade de elucidar crimes e impedir novas ocorrências.” 

O sistema utilizado, conhecido como Sistema Integrado de Identificação Balística (Ibis), recorre a algoritmos capazes de identificar marcas microscópicas deixadas nos projéteis correspondências, chamadas de hits, que podem vincular diferentes investigações e apontar a circulação de armamentos entre estados.  

Evolução dos métodos periciais 

No estado, a rotina pericial evoluiu. Anteriormente, bastava emitir o laudo sobre o funcionamento da arma. Hoje, é necessário extrair padrões detalhados e inserir essas informações no banco de dados, trabalho que exige maior especialização técnica. Apesar de demandar mais tempo, esse método amplia consideravelmente as chances de solução dos casos.  

O esforço da equipe gaúcha já gerou resultados concretos em operações interestaduais. Em dois episódios recentes, armas apreendidas no estado foram relacionadas a homicídios cometidos no Paraná, permitindo a troca de informações entre o IGP-RS, a Polícia Federal e órgãos de segurança locais. Esses cruzamentos de dados, até poucos anos atrás inviáveis, hoje contribuem diretamente para desvendar crimes complexos. 

O Sinab, coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, integra laboratórios de balística de todo o território nacional. Cada dado inserido por uma unidade pode ser essencial para que outra encontre correspondências que auxiliem investigações em andamento. 

Além de consolidar a liderança no ranking nacional de inserções e comparações, o desempenho do IGP-RS reforça a relevância de políticas públicas voltadas ao fortalecimento da perícia técnica e à integração de sistemas de inteligência.

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