"Lei e Ordem" desmantela quadrilha e prende 26 em Uruguaiana
Operação Planum
Polícia Federal em Uruguaiana prende membros de quadrilha de narcotráfico
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram na quinta-feira, 29/11, a Operação Planum, de combate ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional. Além do Rio Grande do Sul, a operação teve ações em Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Cerca de 200 policiais federais cumprem mandados de prisão contra 21 pessoas, mandados de busca e apreensão em 40 endereços e ordens judiciais para sequestro e bloqueio de imóveis, fazendas, aeronaves, embarcações, veículos e contas bancárias, estimados em mais de 25 milhões de reais. Em Uruguaiana duas pessoas foram presas e outra foi presa em Itaqui, também por agentes lotados no município.
O inquérito policial foi instaurado em junho de 2017 para apurar o envio de cocaína da Bolívia para o Rio Grande do Sul. Com o desenvolvimento das investigações, a Polícia Federal identificou que aviões partiam de Mato Grosso do Sul para serem carregados com grande quantidade de cocaína (em média 500 quilos) na Bolívia e seguiam até o RS, onde pousavam em fazendas adquiridas pela organização criminosa. Posteriormente, a droga seguia por via rodoviária para outros estados e permanecia em depósitos até ser despachada para a Europa através de portos brasileiros.
Análise de dados bancários e fiscais e informações compartilhadas pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, após a prisão de um narcotraficante e de alguns dos investigados na Operação Planum em uma residência no município de Tramandaí, em 10 de agosto de 2017, possibilitaram o rastreamento do fluxo financeiro do grupo criminoso, indicando a utilização de doleiros em São Paulo para o pagamento das transações do tráfico de drogas no exterior. A investigação aponta para um banco informal responsável pela lavagem de dinheiro oriundo de diversos crimes, além do tráfico de drogas, como contrabando e outros ilícitos. A movimentação dessa instituição financeira clandestina foi de aproximadamente 1,4 bilhão de reais nos últimos três anos. A investigação já rastreou cerca de 90 empresas de fachada e 70 pessoas empregadas como "laranjas" do grupo para a operacionalização da lavagem de dinheiro e operações de câmbio ilegais.
Os crimes investigados na Operação Planum são organização criminosa, tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico de drogas, operação de instituição financeira sem a devida autorização, operação de câmbio não autorizada e lavagem de dinheiro.
Foram realizadas buscas em três endereços diferentes em Uruguaiana e em Itaqui uma casa foi alvo. Ao todo foram apreendidos, bloqueados ou sequestrados 13 imóveis, duas fazendas, 81 automóveis e caminhões, oito aeronaves, seis embarcações, além de 121 contas bancárias em nove de pessoa jurídica e 57 em nome de pessoa física.
Em todo o Estado, foram dez presos. Outros seis em São Paulo, quatro no Mato Grosso do Sul e uma em Goiás. Em São Paulo, foi apreendido 330 mil dólares, 10 mil euros e 57 mil reais dentro de uma máquina de lavar roupas. Foi comprado que mais de 2,2 toneladas de cocaína foram enviadas ou seriam despachadas do Brasil para a Europa pelo grupo criminoso.
O Superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, delegado Alexandre Isbarrola, destacou o investimento no trabalho para descapitalizar organizações criminosas - em paralelo ao combate ao tráfico de drogas - e também o trabalho integrado com a Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Brigada Militar e a Polícia Civil.
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