A mulher de 35 anos, identificada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) como responsável por um esquema de venda de fichas para emissão da carteira de identidade em Uruguaiana, foi indiciada pela Polícia Civil nesta segunda-feira, 5/12, pelos crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica e falsidade ideológica. A mulher agendava de forma online o atendimento, e depois vendia o horário através das redes sociais. O inquérito que apurou o caso foi remetido ao Judiciário nesta segunda, pelo delegado da Matheus Antunes da Rosa, da 1ª Delegacia de Polícia (DP).

Segundo o Delegado, durante as investigações ficou comprovado que a mulher fazia reservas online, com nomes fictícios em inúmeros horários de agendamento disponíveis. Logo após, ela anunciava a venda de tais horários nas redes sociais por R$20. De acordo com ele, essas ações começaram a prejudicar a prestação do serviço público uma vez que as pessoas não estavam conseguindo utilizar o serviço, a não ser "comprando" o horário. Isso gerou inúmeras reclamações ao Instituto, que denunciou o caso à Polícia Civil.

Matheus ainda esclareceu que, após a venda da reserva, a suspeita acessava o sistema online, cancelava o agendamento fictício e fazia uma nova reserva no nome da pessoa que teria "comprado" tal horário. Além disso, nos casos em que a mulher não conseguia a venda da reserva não ocorria o cancelamento por parte dela. Sendo assim, na prática, esse horário não era utilizado, gerando prejuízo à coletividade e à prestação do serviço público.