Quatro policiais militares do 6º Batalhão de Polícia de Choque (6º BPChq), sediado em Uruguaiana, atuarão, por tempo indefinido, no Rio de Janeiro. Os soldados Sandro Fernandes de Melo, Larson Brazil Rodrigues, Eduardo Diaz e Lucas Lago viajaram nesta terça-feira, 3/10. Eles prestarão apoio as polícias cariocas em operações contra a criminalidade.

De acordo com o subcomandante do 6º BPChq, capitão Ricardo Gruner, a exemplo do que ocorreu após os atos de 8 de janeiro, quando os policiais prestaram apoio em Brasília, militares dos seis batalhões de choque do Rio Grande do Sul partiram para a missão no Rio.

Além dos quatro PMs de Uruguaiana, o grupo incluiu outros 20 choqueanos – quatro de cada batalhão – e quatro policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope)

O reforço havia sido solicitado pelo governador do Rio, Cláudio Castro (PL), na última sexta-feira, 29/9. A autorização para o emprego da Força Nacional no Rio foi assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na segunda-feira, 2/10, e é motivada pela escalada de mortes violentas nas últimas semanas, incluindo o aumento das mortes em confrontos com a polícia.

O estado do Rio de Janeiro enfrenta sucessivos quadros de crise na segurança pública nos últimos anos e, no último fim de semana, por exemplo, houve toque de recolher e confronto em Anchieta, na Zona Norte da capital fluminense.

Ações previstas

Os agentes da Força Nacional serão responsáveis por vigiar as entradas do Complexo da Maré e as Polícias Militar e Civil farão operações diárias na comunidade na tentativa de cumprir dezenas de mandados de prisão em aberto.Além disso, auxiliarão na instalação de câmeras de reconhecimento facial nas ruas da Maré. O complexo de favelas não será ocupado.

Além da Maré, o Governo do Estado fará ações em outras comunidades e áreas do estado com a ajuda da Força Nacional.

No âmbito da atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Dino apontou a atuação de 270 policiais e 22 blindados, além de um veículo de resgate e um helicóptero.

Já na Polícia Federal (PF), o ministro destacou a atuação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) e do Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI) e de ações de inteligência e investigação em curso.