URUGUAIANA JN PREVISÃO

Gênero

Audiência pública debateu ações violência política de gênero

Os casos de violência política de gênero apurados em audiência pública da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa na última sexta-feira, 27/10, serão encaminhados para a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) a fim de que possam motivar ações em todo o país, em especial nas câmaras de vereadores, onde têm ocorrido o maior número de registros de desrespeito e ataques às mulheres legisladoras em seus espaços de manifestação pública.

O debate foi promovido pela deputada Bruna Rodrigues (PCdoB), para dar visibilidade ao tema e um dos encaminhamentos foi a formação de Frente Parlamentar contra a violência política de gênero no RS.

Atualmente, a Lei Federal 14.192/2021 tipifica como crime assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo; e prevê pena de reclusão de um a quatro anos e multa à conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos das mulheres.

Durante mais de três horas mulheres vinculadas aos movimentos sociais, às instituições públicas e órgãos dos poderes constituídos, assim como deputadas e vereadoras, discutiram a violência política de gênero, que apesar da lei, segue ocorrendo e em número cada vez maior, em especial nas câmaras municiais. Nesses espaços, o Regimento Interno não prevê sanções que obstaculizem agressões ou intimidações de legisladores homens às representantes femininas.

Mesmo sendo a maioria da população e do eleitorado brasileiro, as mulheres têm pequena representação nos espaços legislativos, enfrentam dificuldades para disputar os cargos eletivos e quando são eleitas, se deparam com os ambientes legislativos – tanto federal, estadual ou municipal – com regramentos que não contemplam limites aos procedimentos masculinos, desde o respeito formal até atos extremos, como cortar a voz no microfone, nos espaços de manifestação legislativa, situação que é corriqueira nas câmaras municipais.

Executivo fecha 82 meses consecutivos de salários em dia Anterior

Executivo fecha 82 meses consecutivos de salários em dia

Município repassa recursos extras para conserto de máquinas Próximo

Município repassa recursos extras para conserto de máquinas

Deixe seu comentário