As contas de gestão do ex-prefeito Luiz Augusto Fuhrmann Schneider (PSDB), referentes ao exercício de 2015 foram desaprovadas pela Câmara de Vereadores. A decisão acata o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que havia opinado pela não aprovação por falhas em sua gestão naquele ano.

A decisão, que torna o ex-mandatário inelegível por oito anos, dividiu a Câmara. Dos 11 vereadores, cinco votaram a favor do parecer e, consequentemente, da rejeição das contas: Carlos Delgado (PP), Egídio Carvalho (PP), Celso Duarte (PP), Zulma Ancinello (PRB) e Adenildo 'Bispo' Padovan (PRB). Outros cinco, defenderam a derrubada do parecer. Eram necessários oito votos contra para derrubá-lo. A favor da aprovação das contas, Marcelo Lemos (PDT) disse que os colegas julgaram o carisma do ex-prefeito, ao invés de julgar seus atos como administrador do município. Além dele, Clemente Correa (PDT), Márcia Fumagali (PSB), Cristiano Bonapace (DEM) e o presidente Paulo Kleinubing (PRB) votaram com Schneider. Já o vereador José Carlos Barbosa Zaccaro (PP) se retirou do plenário e não participou da votação.

Em sua análise, o TCE apontou "falhas prejudiciais ao erário, as quais, na sua globalidade, comprometem as contas em seu conjunto, gerando situações ensejadoras de recomendação no sentido de sua correção para os exercícios subsequentes" e destacou que o órgão emitiu, por unanimidade, parecer desfavorável à aprovação das contas pela Câmara de Vereadores.

Para o órgão de controle não houve o cumprimento de itens da Lei da Transparência e da Lei de Acesso à Informação, despesas com pessoal acima do limite previsto em lei (54% da receita corrente liquida do município) e desequilíbrio financeiro. Por fim, houve apontamentos na área da educação: oferta insuficiente de vagas universais de pré-escola para crianças na faixa de 4 e 5 anos e oferta insuficiente de vagas em creche para atender 50% da população com idade entre zero e 3 anos - ambas metas do Plano Nacional de Educação.