Após a executiva gaúcha do MDB aprovar um indicativo para discutir uma possível aliança em prol da candidatura do ex-governador Eduardo Leite (PSDB) ao governo do Estado, lideranças histórias da sigla no Rio Grande do Sul, que apoiam a candidatura própria ao Piratini, articularam novas manifestações e iniciativas para defender seu ponto de vista.

A principal delas ocorreu no sábado, 16/7, quando o ex-governador José Ivo Sartori (MDB) publicou nas redes sociais um documento na forma de "petição pública" online, assinado por ele, pelo ex-governador e ex-senador Pedro Simon e pelo prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, com o título Candidatura própria: compromisso do MDB com o Rio Grande, endereçado "aos emedebistas e à sociedade gaúcha".

Os autores da petição convidam quem concorda com o posicionamento a assinar o documento.

"Apesar da semelhança na pauta da responsabilidade fiscal, temos diferenças marcantes em relação ao atual governo", diz o texto da petição, que ainda alfineta Eduardo Leite, afirmando que "o próximo governador deve ter como prioridade absoluta o próprio governo do Estado, sem outros objetivos eleitorais", referindo-se ao desejo manifesto do tucano de concorrer à presidência.

Também no fim de semana, o pré-candidato do MDB ao governo do Estado, deputado Gabriel Souza, intensificou sua agenda pelo RS. Na estrada de quinta-feira, 14/7, até domingo, 17/7, Gabriel percorreu os municípios de Dois Irmãos, Cruzaltense, Marau, Bento Gonçalves, Farroupilha e Tramandaí.

Na ocasião, defendeu a necessidade de unidade partidária. "Um debate franco que o MDB deve ter para definir o futuro de mais de 11 milhões de gaúchos de forma responsável", afirmou.

Disse ainda que não seria pré-candidato se não fosse para liderar um projeto que representa a agenda de reformas do Estado iniciada pelo MDB. "Só através das medidas implementadas no governo Sartori conseguimos garantir a retomada dos investimentos em serviços indispensáveis aos gaúchos. Agora, precisamos ter responsabilidade para dar o passo a frente e não permitir que o RS retroceda", declarou Gabriel.

A candidatura de Gabriel também é defendida pela militância jovem do partido, mas a executiva nacional da sigla pede sua desistência e apoio ao PSDB, que em Brasília decidiu apoiar a emedebista Simone Tebet na corrida presidencial.