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Estado
Ranolfo Vieira é o novo governador do RS
Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) é o novo governador do Rio Grande do Sul. Ele assumiu o comando do Palácio do Piratini a partir das 17h30 desta quinta-feira, 31/3, após a renúncia oficial de Eduardo Leite (PSDB).
A posso ocorreu durante sessão extraordinária da Assembleia Legislativa do Estado, onde Ranolfo discursou aos deputados estaduais e demais autoridades presentes. "Talvez tenha sido um bom discípulo de um jovem mestre. Vivi na prática aquilo que aprendi na faculdade de Direito e ensinei a meus alunos: a justiça é a principal virtude de um governante", declarou.
O novo governador afirmou estar preparado para o cargo e prometeu seguir a política fiscal de Eduardo Leite nos nove meses restantes de governo. "Momento de muita emoção liderar a sociedade gaúcha. É uma vida. Me preparei para isto. Não vamos reinventar a roda. Vamos dar seguimento a tudo isso que foi feito até aqui", disse.
Ranolfo ainda prometeu trabalhar para que o estado seja competitivo no ambiente de negócios e que supere impasses. "Resistência à demagogia, à solução fácil e à irresponsabilidade na gestão. Abertura às mudanças para sair da zona de conforto e enfrentar os problemas sem medo", defendeu.
Nascido em Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, Ranolfo é formado em Direito com especialização em Gestão de Segurança na Sociedade Democrática. É servidor público há 31, mas foi como delegado de polícia, desde 1998, que ganhou projeção.
O político, que pretende concorrer à reeleição, afirmou que deseja "governar o Rio Grande com o mesmo carinho que um pai cuida de um filho desde o seu nascimento: cuidando do agora, mas preparando o futuro".
Também nesta quinta-feira, o nome de Ranolfo constava numa lista com 11 secretários de governo que foram exonerados para poder concorrer nestas eleições. Eleito vice-governador em 2019, ele acumulou a função de secretário estadual da Segurança Pública (SSP) ao longo de todo o governo, mas não poderia mantê-lo em paralelo ao cargo de governador. Um substituto para a pasta ainda não foi nomeado.
O agora ex-governador Eduardo Leite passou 39 meses à frente do Piratini. A transmissão de cargo aconteceu em cerimônia no Palácio Piratini.
"É com pesar, mas também com a convicção de que o faço para poder seguir colaborando com o Rio Grande, [...] que, após profunda reflexão, tomei a difícil decisão de renunciar ao mandato que a população gaúcha me outorgou para governar nosso estado", escreveu no pedido de renúncia protocolado à AL-RS.
Confusões internas
A notícia que agitou o cenário político nesta quinta-feira foi uma declaração do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao seu vice Rodrigo Garcia (PSDB), afirmando que ficaria no cargo até o fim de 2022 e desistiria de tentar disputar a presidência. Foi aventada ainda a possibilidade de Doria deixar a sigla.
Esse ato abriria as portas para a sonhada candidatura de Eduardo Leite à presidência pelo PSDB, algo apoiado pelos caciques da sigla.
Contudo, durante o 4º Seminário Municipalista de São Paulo, Doria, em tom de lançamento de campanha, deixou o cargo de governador e desistiu de desistir da presidência. Ele ainda fez questão de afirmar que seria o pré-candidato do PSDB.
O presidente nacional da sigla, Bruno Araújo, afirmou em carta que Doria é o nome do PSDB para o Planalto e que não "haverá qualquer contestação à legitimidade da sua candidatura"
A suposta desistência de Doria foi vista como uma forma de pressionar o PSDB a se unir para defender sua candidatura, já que o nome de Leite ainda é forte nos círculos internos do partido. O político afirmou em diferentes ocasiões que seria um "golpe" a escolha de outra pessoa como candidato da sigla após ele ganhar as prévias no ano passado.
Perguntado sobre a situação durante entrevista coletiva, Eduardo Leite afirmou que não tinha condições de comentar e não confirmou se vai lutar pela candidatura, dizendo apenas estar "à disposição para construção de um nome" para as eleições.
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