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Secretaria de Saúde gastou mais do que recebeu
A Secretaria Municipal de Saúde está encaminhando ofício à Câmara de Vereadores, informando sobre um equívoco no relatório de monitoramento da gestão da saúde do segundo quadrimestre, que foram apresentadas ao Parlamento na segunda-feira, 22/10, em reunião da Comissão de Serviços Municipais, Saúde, Educação, Segurança Pública, Desenvolvimento Econômico e Mercosul. Na ocasião, a secretária de Saúde, Thais Aramburu, acompanhada de servidores da Secretaria, apresentou os dados referentes aos meses de maio a agosto.
Os dados apresentados na ocasião diziam que a Secretaria está operando no vermelho. Enquanto a receita da área no período foi de R$ 15.385.164,91, a despesa total chegou a R$ 25.532.875,87, ou seja, R$ 10.147.710,96 a mais do que a receita. Na tarde de terça-feira, 23/10, porém, ao revisar o relatório, o agente administrativo Renato Fechner Jardim percebeu que havia erro. "Houve um equívoco no momento de transpor os dados. Uma linha da planilha foi copiada por engado e, a partir dela, todos os cálculos ficaram com erro", explica ele.
De acordo com Jardim, a Secretaria não teve uma despesa de 25.532.875,87, mas sim de R$ 17.370.982,13 - valor que o relatório erroneamente apontava como sendo somente gastos que deviam ser custeados por verbas federais. Já o dado referente a receita no período está correto.
Mesmo com a correção do erro, ficou demostrado que a Secretaria fechou o quadrimestre com gasto superior à receita. Gastou R$ 1.985.817,22 a mais. De recursos municipais, a Secretaria de Saúde recebeu R$ 7.795.361,96, equivalente a 15% da arrecadação no período. No entanto, gastou R$ 8.098.653,24. O gasto de verbas municipais superior ao arrecadado ocorreu pela necessidade de cobrir a insuficiência para cobrir os custos que deviam ser suportados por verbas estaduais. Isso porque as despesas com tais serviços foram superiores ao repasse do Estado do Rio Grande do Sul. Enquanto a receita de recursos estaduais foi de Estado R$ 1.538.505,04, foram gastos R$ 2.079.805,44. Este valor também estava equivocado no relatório apresentado à Câmara de Vereadores, que apontara despesa de R$ 63.240,50. No caso da União, os repasses também não cobriram as despesas. Enquanto recebeu R$ 6.051.297,91, a Secretaria teve 7.192.523,45 em despesas.
Jardim explica que houve uma injeção de verbas na Secretaria para custear a diferença entre receita e despesas com verbas municipais, mas destaca que a Secretaria não fechou o quadrimestre devendo. Isso porque no quadrimestre passado houve um superávit. "Conseguimos fazer esse investimento e cobrir esses custos, porque havia um saldo do quadrimestre anterior, que foi utilizado agora", conclui
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