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Brasil/Argentina

Vereadores querem criar frente parlamentar sobre gasoduto argentino

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Uruguaiana está no projeto argentino de construção do gasoduto Néstor Kirchner, a ser financiado pelo BNDES.

A bancada do Republicanos, formada pelos vereadores Zulma Ancinello, Adenildo ‘Bispo’ Padovan e Paulo Kleinubing, apresentou nesta quinta-feira, 16/2, o pedido para que seja criada uma frente parlamentar na Câmara a fim de tratar sobre o projeto do gasoduto Néstor Kirchner, na Argentina.

De acordo com os vereadores, o objetivo é acompanhar os desdobramentos do anúncio feito em janeiro, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que pretende financiar a próxima etapa do projeto através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No projeto, Uruguaiana é a porta de entrada no Brasil do gás natural vindo da Argentina, que poderia ser comprado do país vizinho por um custo menor ao que hoje é pago à Bolívia.

Investimento brasileiro

Em sua visita ao presidente argentino, Alberto Fernández, em Buenos Aires, Lula afirmou que o governo irá “criar as condições” para financiar o gasoduto Néstor Kirchner. De acordo com o país vizinho, a construção trará ao país vizinho condições de fornecer gás mais barato ao Brasil. Neste processo de integração, Uruguaiana seria a porta de entrada.

Os argentinos precisam de um financiamento no valor de US$ 689 milhões para construir o segundo trecho do projeto, que ampliará o escoamento das reservas não-convencionais de Vaca Muerta, em Neuquén, próximo à província de Santa Fé.

Passando por Uruguaiana

O projeto original é do final dos anos 1990 e previa a construção de um gasoduto de 615 km de extensão, ligando Porto Alegre a Uruguaiana, onde está instalada termelétrica Uruguaiana, da Âmbar Energia.

O empreendimento foi dividido em três trechos e, no início dos anos 2000, a Transportadora Sulbrasileira de Gás (TSB) tirou do papel os extremos: o trecho que conecta o Polo Petroquímico de Triunfo à Porto Alegre, onde termina o Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol); e o trecho entre Uruguaiana e a malha da Transportadora de Gás del Mercosur (TGM), na Argentina.

O trecho final do projeto, que ligará Uruguaiana a Triunfo, permitindo conectar de fato o gás argentino à malha integrada de gasodutos do Brasil, nunca se viabilizou economicamente.

O projeto foi deixado de lado com o declínio da produção argentina, a partir de meados dos anos 2000. As novas perspectivas da indústria argentina de gás, capitaneada pelo aumento da produção de gás não convencional da formação de Vaca Muerta, reacenderam o plano de integração entre os dois países.

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