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Consumo

Álcool causa mais de 2,6 milhões de mortes por ano

Ilustração/Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - A Europa lidera em consumo per capita de álcool, seguida pelas Américas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça-feira, 25/6, que o consumo de álcool resulta em 2,6 milhões de mortes anualmente em todo o mundo, conforme revelado em seu mais recente relatório. Embora tenha havido uma leve redução na taxa de mortalidade atribuída ao álcool desde 2010, a OMS enfatizou que a situação permanece "inaceitavelmente alta". O consumo excessivo de álcool continua sendo um fator significativo em uma em cada 20 mortes globalmente, influenciando acidentes de trânsito, problemas de dependência, doenças cardiovasculares, câncer e cirrose. 

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que o consumo de álcool tem um impacto grave na saúde, aumentando o risco de doenças crônicas e contribuindo para milhões de mortes evitáveis. O relatório de 2019 indica que aproximadamente 75% das mortes atribuídas ao álcool afetam homens, com os jovens entre 20 e 39 anos sendo o grupo mais atingido, representando 13% das mortes relacionadas. 

Entre as consequências diretas do consumo de álcool estão doenças como cirrose e vários tipos de câncer. Em 2019, as mortes atribuíveis a doenças cardiovasculares somaram 474 mil, enquanto 401 mil foram causadas por câncer. Além disso, houve 724 mil mortes devido a lesões, incluindo acidentes de trânsito e automutilação. 

A dependência do álcool também aumenta a suscetibilidade a doenças infecciosas como tuberculose, HIV e pneumonia, afetando globalmente cerca de 209 milhões de pessoas em 2019, o equivalente a 3,7% da população mundial. A Europa lidera em consumo per capita de álcool, seguida pelas Américas. 

O relatório também revela que 38% dos consumidores relataram episódios de consumo excessivo de álcool no último mês, enquanto 23,5% dos jovens entre 15 e 19 anos se definem como consumidores habituais globalmente, com taxas mais altas na Europa e nas Américas. 

A OMS enfatizou a necessidade urgente de melhorar o acesso a programas eficazes para o tratamento da dependência de álcool, enfrentando desafios como estigma, discriminação e conceitos equivocados sobre a eficácia dos tratamentos disponíveis. 

Essas descobertas destacam a escala global do impacto do consumo de álcool na saúde pública e sublinham a importância de políticas e estratégias para mitigar seus efeitos adversos. 

 


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