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1,8 bilhões

Um terço da população adulta do mundo não se movimenta, aponta OMS

Ilustração/Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - - Segundo a pesquisa, são aproximadamente 1,8 bilhão de adultos em 2022.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um alerta crítico nesta quarta-feira, 26/6, ao divulgar um estudo alarmante sobre os níveis globais de inatividade física entre adultos. Segundo a pesquisa, aproximadamente 1,8 bilhão de adultos em 2022, correspondendo a 31,3% da população adulta global, não praticaram atividade física suficiente para atender às recomendações de saúde. Esse número representa um aumento de cerca de cinco pontos percentuais em relação a 2010, marcando uma tendência preocupante de sedentarismo crescente. 

Ruediger Krech, diretor de promoção da saúde da OMS, destacou que a inatividade física está se tornando uma ameaça silenciosa e crescente para a saúde global. Fiona Bull, chefe do departamento de atividade física da OMS, reforçou que os resultados do estudo devem servir como um sinal de alerta urgente para governos e comunidades ao redor do mundo. 

Os impactos do sedentarismo são profundos e abrangentes. Além de aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e certos tipos de câncer, como os de mama e cólon, a falta de atividade física também contribui para o aumento dos transtornos mentais. Leanne Riley, do departamento de doenças não transmissíveis da OMS, ressaltou que essa inatividade representa não apenas um problema de saúde individual, mas também impõe um ônus financeiro significativo aos sistemas de saúde globalmente. 

Embora a inatividade física esteja em ascensão em todo o mundo, existem disparidades marcantes entre diferentes regiões e grupos populacionais. Mais de 50% dos adultos em países como Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cuba e Líbano são considerados extremamente sedentários, contrastando com menos de 10% de sedentarismo em muitos países da África Subsaariana e em nações mais ricas da Oceania e Ásia. 

As causas desse aumento no sedentarismo são diversas e multifacetadas. O aumento do uso de transportes motorizados, empregos predominantemente sedentários e a crescente prevalência de atividades de lazer baseadas em telas são fatores que contribuem significativamente para esse cenário preocupante. 

Para reverter essa tendência, é essencial adotar abordagens abrangentes que não apenas incentivem mudanças nos comportamentos individuais, mas também promovam a criação de ambientes mais propícios à atividade física. Isso inclui a formulação de políticas públicas que favoreçam o transporte ativo, espaços urbanos seguros e acessíveis para atividades físicas e iniciativas para tornar o ambiente de trabalho menos sedentário. 

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, enfatizou a necessidade urgente de políticas robustas e investimentos financeiros adicionais para enfrentar o desafio global do sedentarismo. Embora haja desafios significativos pela frente, alguns sinais de progresso são visíveis em diversos países. Quase metade dos países monitorados demonstraram melhorias na promoção da atividade física na última década, e 22 países parecem estar no caminho certo para alcançar as metas globais de redução do sedentarismo até 2030, se continuarem no ritmo atual de implementação de políticas e programas eficazes. 


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