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Biotecnologia

Cientistas querem criar embriões sintéticos para doar órgãos

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A empresa de biotecnologia Renewal Bio já conseguiu trazer à tona um embrião de camundongo "sintético" criado sem a necessidade de esperma, óvulo ou mesmo útero. Agora, a ideia é recriar o experimento usando células humanas, com o objetivo final de usar embriões humanos sintéticos para produzir órgãos destinados a doações para quem precisa.

Em entrevista à MIT Technology Review, os pesquisadores declaram que esperam que o experimento produza embriões semelhantes a uma gravidez de cerca de 40 ou 50 dias, completos e com pequenos órgãos que possam ser colhidos e destinados ao banco de órgãos. Além disso, células embrionárias poderiam ser usadas para ajudar em várias condições imunológicas. "Nós vemos o embrião como a melhor impressora biológica 3D. É a melhor entidade para fazer órgãos e tecidos adequados", afirmam os cientistas. A ideia é combater a escassez no banco de órgãos dos EUA, considerando que existem atualmente quase 106 mil pessoas à espera de um doador, só nesse país.

Por enquanto, a empresa está agora no processo de angariação de fundos e de apresentação aos investidores. De qualquer forma, a Renewal Bio ainda não sabe o quão avançado esse embrião sintético deve se tornar. O que se imagina é que a criação de um embrião humano sem esperma, óvulo ou útero seria um momento muito importante na pesquisa com células-tronco.

O que são embriões sintéticos?

O método para manter embriões de roedores vivos por vários dias consiste em incubadoras que giram líquidos cuidadosamente, como uma roda gigante, permitindo o desenvolvimento dos embriões por muito mais tempo do que antes, ficando do tamanho de um grão de arroz, sendo visíveis os batimentos de seus corações.

Em pesquisa publicada no início de agosto, os cientistas usaram células-tronco programadas para retornar ao seu estado inicial, melhorando seu potencial para se desenvolver e se tornar qualquer parte do corpo. Substituir embriões de roedores derivados de células-tronco desenvolvidas em incubadoras de laboratório aumenta o potencial das pesquisas na área.

Doações no RS

Ao longo de 2022 houve 422 notificações de morte encefálica no Rio Grande do Sul. Destas, apenas 117 resultaram em doação de órgãos - o que representa 27,7% do total.

Em quase metade dos casos de não efetivação da doação, a negativa familiar em doar é apontada como causa. A maioria das famílias alega como motivo para não doar o fato de o paciente não se declarar doador em vida - o que reforça a importância da conversa com a família sobre o tema - seguido da demora para entrega do corpo à família, o desconhecimento da vontade do familiar falecido e questões religiosas.

Outros motivos que figuram entre os mais frequentes para não efetivação da doação são contraindicação médica e não confirmação do diagnóstico de morte encefálica.

Fila de espera

Ao longo do ano foram realizados 345 transplantes com sucesso. Deste total, 232 foram de rim, 83 de fígado, 20 de pulmão, nove de coração, um de coração e rim, e um de pulmão e rim.

De acordo com os últimos dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES/RS), datados de julho de 2022, o Rio Grande do Sul tem 2 712 pessoas aguardando um órgão. Destes, 1 318 precisam de um rim; 980 aguardam córnea; 167 aguardam transplante de medula óssea; 161 precisam de um fígado; 71 precisam de pulmão; 10 precisam de um coração; e uma pessoa aguarda por um pâncreas. Outras quatro pessoas aguardam um transplante de rim e pâncreas.


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