Campanha Nacional
Rio Grande do Sul lidera ranking de vacinação contra a pólio
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Secretarias de Saúde de todo o Brasil estão enfrentando grande desafio para imunizar as crianças contra a poliomielite e a baixa adesão vem preocupando as autoridades. Neste cenário, porém, uma boa notícia para o Rio Grande do Sul: o Estado tem a melhor adesão à campanha até o momento.
Com as cercas de 100 mil doses aplicadas no último sábado, Dia D da campanha, o RS vacinou 25% das crianças de 1 a 4 anos - o que representa 137 mil crianças. A média nacional é de 16% de cobertura. A campanha vai até 9 de setembro e a meta é, até lá, vacinar 95% do público-alvo.
Em Uruguaiana os números se aproximam da média nacional. A meta no município é vacinar 9 262 crianças. Até a tarde desta terça-feira, 23/8, foram imunizadas 1 567 crianças - o que representa uma cobertura de 17%.
Adesão à campanha no RS
Entre as crianças de 1 1 ano, cuja população estimada é de 130 742, foram vacinadas 33 234 - o que representa 25%; entre as crianças de 2 anos, cuja população estimada é de 140 764, são 32 990 doses aplicadas - uma cobertura vacinal de 23%; já entre as crianças de 3 anos, estimadas em 141 295, foram vacinas 35 261 - um percentual de 25%; por final, entre as crianças de 4 anos, que se estiva serem 141 013 pessoas, foram vacinas 35 558 - um percentual também de 25%.
Ao todo, foram vacinas 137 073 crianças, de uma população estimada em 553 814.
Situação crítica de risco
Uma análise da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2021 identificou que o Brasil é um dos países da América com alto risco reintrodução do vírus da poliomielite, ao lado de outros cinco países (Bolívia, Panamá, Paraguai, Argentina e Equador). Quatro apresentam situação de risco muito alto: Haiti, Venezuela, Peru e República Dominicana.
A mesma análise de risco feita avaliando os municípios brasileiros. No RS, a análise demonstrou um cenário preocupante, onde 42% dos municípios gaúchos encontram-se em risco muito alto e 32% em alto risco. Ou seja, em 367 municípios do Estado (74%) há um grande risco de voltarmos a ter casos de pólio.
Para a análise de risco considera-se cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e alguns determinantes de saúde como acesso a água potável e a rede esgotos. Com isso, reforça-se a necessidade de manter ações permanentes e efetivas de vigilância da doença e níveis adequados de proteção imunológica da população.
A doença
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença viral. A transmissão pode ser direta, de pessoa a pessoa, por secreções orofaríngeas (ao tossir, espirrar ou falar) ou pela via fecal-oral de forma indireta através de alimentos, água ou objetos contaminados com fezes de doentes ou portadores.
Em mais de 90% dos casos a infecção é inaparente ou assintomática. Entre 1 a 1,6% dos casos desenvolvem a forma paralítica, com características de deficiência motora de início súbito, em geral afetando membros inferiores e de forma assimétrica, flacidez muscular, entre outros sintomas.
Multivacinação
Junto à campanha da pólio, acontece a multivacinação para todas crianças e adolescentes menores de 15 anos. O objetivo da estratégia é colocar em dia as doses do calendário básico que estejam em atraso. Por isso, quem for ao posto de saúde deve levar sua caderneta de vacinação para que a avaliação possa ser realizada pela equipe de saúde.
As vacinas utilizadas na campanha são as mesmas disponibilizadas na rotina dos serviços de vacinação, ao longo de todo o ano. Além delas, conforme disponibilidade e organização, os municípios podem ofertar ou orientar as demais vacinas específicas de campanhas, como a da covid-19 e da gripe (influenza).
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