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Agronegócio puxou crescimento do PIB no primeiro trimestre

imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Crescimento do agroengócio foi fundamental apra o avanço de 1,9% do PIB no primeiro trimestre.

Mais uma vez o agronegócio puxou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O PIB é a soma de todo o valor gerado na economia e cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses de 2022, quando caiu 0,1%. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta quinta-feira, 1/6.

O desempenho da economia brasileira nos primeiros três meses do ano ficou dentro do esperado pelas projeções. Na comparação com os primeiros três meses de 2022, avançou 4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o indicador registra alta de 3,3%.

Impulsionado pela combinação de safra recorde – que deve alcançar mais de 300 milhões de toneladas neste ano – e preços elevados das commodities, o agronegócio cresceu 21,6% no primeiro trimestre. Este foi o melhor resultado desde o quarto trimestre de 1996.  “As expectativas (positivas) com a agropecuária se confirmaram, principalmente na parte de produção de grãos. Houve uma seca no Sul, mas ela foi mais localizada”, diz Silvia Matos, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). “Em geral, o agro é muito forte no primeiro trimestre e, depois, vai perdendo força.”

Os números também apontam avanço, de 0,6%, no setor de serviços. Este foi o mais afetado no auge da pandemia, que ainda mostra resiliência e se beneficia da reabertura da economia e dos resultados do mercado de trabalho. A indústria, por sua vez, recuou 0,1%.

Em relação à demanda por bens e serviços, o item “consumo das famílias” cresceu 0,2%, ajudado, em parte, pela política de transferência de renda. O “consumo do governo”, por sua vez, avançou 0,3%. Mas os investimentos caíram 3,4%.

“O PIB (do primeiro trimestre) é bom, mas ele tem uma certa dualidade. Um lado da economia está melhor, porque se beneficia da transferência de renda, da queda da inflação e das commodities”, diz Silvia Matos. “Mas há, também, um outro lado. Estamos vivendo um período em que as condições financeiras estão desfavoráveis.”

A taxa de investimento foi de 17,7% do PIB no primeiro trimestre e ficou abaixo do resultado apurado no mesmo período de 2022 (18,4%).

A expectativa é a de que o PIB do segundo trimestre ainda cresça, mas o País corre o risco de observar uma queda da atividade na segunda metade do ano. Antes da divulgação do PIB do primeiro trimestre, boa parte dos economistas previa um crescimento para este ano na faixa de 1,5% e 2%, mas o resultado melhor do que o esperado deve levar essas previsões para acima desse patamar.

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