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Entrevista

'Temos que ter limites para os gastos públicos', diz Giuseppe Riesgo

Adelar Martins/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Deputado Giuseppe Riesgo.

A adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é um avanço para uma nova realidade no Estado e essencial para o desenvolvimento do RS. Esse é o entendimento de deputado estadual Giuseppe Riesgo (Novo), que esteve em Uruguaiana no último final de semana, ocasião em que conversou com o CIDADE.

Para ele, a medida é fundamental. Ele explica que o Estado tem uma dívida bilionária com a União e que o acordo permite o parcelamento dessa dívida em vários anos, com parcelas pequenas, o que dará condições de recuperação. "Ao mesmo tempo, tu equalizas o Estado. Reduz despesas, aumenta receitas e assim vai estruturando", diz.

O Parlamentar destaca a importância de liminar os gastos do poder público. "Acho que a gente tem que ter um teto de gastos, tem que ter um limite. Eu não acredito em desenvolvimento induzido pelo Estado. Acho que que quem desenvolve a economia é o setor privado, são os empreendedores. Essas pessoas que fazem o país se desenvolver e a gente precisa de um governo que não atrapalhe. E um governo que gasta demais é um governo que atrapalha, que cobra muitos impostos, gera muita dificuldade e às vezes coloca dinheiro onde não deveria colocar. Isso gera um certo desenvolvimento, mas não tanto quanto deixar o dinheiro no setor privado", argumenta.

Ele também lembrou como o Rio Grande do Sul chegou a uma situação financeira precária. "Foi justamente porque gastou demais, porque não tinha um teto, justamente porque era irresponsável com o dinheiro. Então a gente precisa ter essa limitação e o regime de recuperação fiscal é para a gente adequar nossas contas, colocar as contas em dia, pagar uma dívida bilionária que há muitos anos a gente está empurrando e agora tem que ser paga de uma vez por todas", finaliza.

Desenvolvimento regional

Na Assembleia Legislativa, quando a pauta é desenvolvimento econômico, um dos nomes que vem à mesa é o do deputado Giuseppe Riesgo (Novo). Aos 26 anos, o santa-mariense que possui origem na fronteira oeste, mais precisamente em são Borja, está no primeiro mandato na Assembleia Legislativa e no último final de semana esteve em Uruguaiana para participar do 5º Fórum de Desenvolvimento da Fronteira Oeste e Missões, ocasião em que conversou com o CIDADE.

Na AL, Riesgo criou a Frente Parlamentar em Defesa do Desenvolvimento da Fronteira Oeste e MissõeS. "Tomamos conhecimento da criação do Fórum pelo Neronei Cargnin, que é o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Borja. Foram realizados os primeiros quatro fóruns e este é o quinto. Por conta dessa organização do setor produtivo, várias demandas vão surgindo, uma ponte nova, a construção de uma estrada, melhoria na infraestrutura. Resolvi criar a Frente Parlamentar para reunir tudo isso e poder encaminhar as demandas e poder dizer para os órgãos responsáveis aquilo que está sendo cobrado aqui. A gente leva as demandas para quem for, e assim vai tentando dar encaminhamento, porque a gente sabe que demora, é difícil e tem que ter alguém que fique cobrando para que as coisas aconteçam", explica. "Sou de Santa Maria, mas minha família é de São Borja, e eu faço questão de vir para cá. Tenho essa ligação com a fronteira e quero aproveitar meu mandato como deputado estadual para ajudar, para dar encaminhamento para as demandas da minha região", completa.

O Parlamentar destaca a importância de uma união entre as lideranças regionais, tanto do setor privado quanto do poder público. "Na região da Quarta Colônia, por exemplo, os vereadores e prefeitos da região se reúnem todos os anos e vão à Assembleia, em marcha. Levam suas demandas, insistem nelas. Isso faz a diferença", comenta. 

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