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Deputado mais votado no RS fala sobre suas prioridades na Câmara

Com 349 855 votos (5,99% dos votos válidos) e 2 166 deles em Uruguaiana, Marcel Van Hatten foi o deputado federal mais votado no Estado no pleito de outubro. Esta foi a primeira vez que o jovem político de 32 anos, natural de Dois Irmãos e filiado ao Partido Novo, concorreu a uma vaga à Câmara Federal. Antes, foi vereador em sua cidade natal e deputado estadual (suplente) pelo Partido Progressista e é um dos poucos membros do Partido Novo, que já havia exercício cargo eletivo por outra agremiação.

Marcel, que esteve em Uruguaiana ao longo da campanha eleitoral, acompanhado pelo candidato do Novo a governador, Mateus Bandeira, e da candidata a deputada estadual, Fernanda Barth, conversou com exclusividade com o Jornal CIDADE. "Quero agradecer a todos os 2 166 votos que recebi em Uruguaiana, na fronteira. não tenho como agradecer pessoalmente a cada um individualmente. Foi realmente uma votação estrondosa e agora quero retribuir com muito trabalho em Brasília, tanto por Uruguaiana, pela Fronteira e por todos os cidadãos gaúchos e brasileiros", diz ele.


Tu foste o deputado federal mais votado no Estado. Como foi isso pra ti e a que tu creditas esse resultado?

Ao meu posicionamento sempre firme nas ideias que acredito e ao crescimento que tive em meu mandato de deputado estadual. Tive um crescimento muito orgânico, de pessoas que foram conhecendo meus posicionamentos, meu mandato. E ainda ao engajamento das pessoas que foram às ruas fazer campanha, pedir votos para familiares, amigos. Primeiro pelas redes sociais e depois presencialmente.


Quais serão tuas principais medidas após a posse?

Vou defender aquilo que já vinha defendendo na campanha. Precisamos ter um foco muito grande em desburocratização, uma ampla revisão nas leis que para garantir que o empreendedor tenha mais liberdade. Não aumentar nenhum imposto, privatizar, reduzir a máquina pública, cortar privilégios. Como deputado estadual já fiz isso e como deputado federal vamos fazer a mesma coisa: diminuir o número de assessores, abrir mão de regalias. Isso tudo é preciso fazer para dar exemplo.

Teremos grande foco na segurança pública também e a melhor coisa que posso fazer é trabalhar para mudar a legislação penal, que é muito frouxa para o bandido. Os 'saidões' têm que acabar, a progressão de regime com 1/6 da pena é um absurdo. Então, endurecer as leis penais, revogar o estatuto do desarmamento.


Ao longo da campanha eleitoral o Novo na chapa majoritária, o Mateus Bandeira e o Bruno Miragem, falaram bastante a respeito agronegócio. Como será sua atuação nesta área?

Não foge muito do que todos os outros setores querem. Desburocratização, simplificação. E aí entra a questão da legislação ambiental, que muitas vezes é confusa e conflitante entre estado, município e União. Precisamos ter mais clareza nessas legislações para que o produtor possa produzir com mais segurança, com mais liberdade. E também a questão logística, que é fundamental, ainda mais para Uruguaiana, que fica na fronteira do país. A gente precisa ter melhores linhas ferroviárias. Nossa infraestrutura rodoviária é muito precária e a produção acaba encarecendo demais. A gente tem que atuar nos custos que o Estado impõe ao produto agrícola e reduzir o máximo possível e isso se faz por meio de parcerias público-privadas, privatizações no setor de infraestrutura e desburocratização.


Como deputado estadual tu tiveste uma forte atuação no que tange à educação e ao combate da doutrinação nas escolas.

Escola sem Partido é um projeto que já está tramitando em Brasília e vai contar com meu apoio lá. Vou trabalhar para que haja um grande debate no Brasil sobre o absurdo que é a doutrinação em sala de aula. Bons professores precisam ser valorizados para que tenhamos estudantes saindo das escolas com os conhecimentos básicos. Hoje não saem e ainda há maus professores que buscam fazer da sua profissão uma mera atividade político-partidária. Não dá para aceitar isso. E ao mesmo tempo precisamos fazer com que a União consiga descentralizar cada vez mais a educação pública, passando o máximo possível de atribuições para os municípios, onde se pode fiscalizar melhor as atividades. Precisamos aumentar o sistema de bolsas e em contrapartida diminuir o tamanho da educação pública federal no ensino superior, para que a gente tenha mais liberdade de escolha e inverter essa lógica que faz com que o orçamento destine muito mais recursos para o ensino superior do que para o básico. Precisamos dar oportunidade para que quem está cursando o ensino básico chegar no superior e não gastar uma fortuna no orçamento do ensino superior depois, tentar corrigir a falta de acesso, por exemplo, por meio do sistema de cotas, com o qual eu não concordo.


Passada a eleição, como tu vês a situação do Partido Novo pós-eleição, sua primeira eleição?

Foi um sucesso o resultado. Agora são oito deputados federais. Pena que não tivemos um segundo deputado federal eleito no RS por causa da nova legislação que impôs uma barreira à eleição de pessoas com menos de 10% dos votos da legenda, senão nossa votação, com o grupo do Novo teria feito com que um segundo deputado federal tivesse sido eleito.

O partido vai ter uma postura independente na Câmara dos Deputados porque é um partido que não fez coligações, tem uma forma de agir bem diferentes dos demais, como o não uso de dinheiro público. Fui o candidato que não usou dinheiro público que maior votação fez em todo o Brasil, e o mais votado no Rio Grande do Sul. É uma marca que a gente quer preservar.

Obviamente que agora com a perspectiva de chegar em Brasília para fazer um mandato coerente com seus valores, o Novo vai crescer bastante não somente no RS, mas em todo o Bras

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