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MARISELE VELASQUES
Exaustos
O ano de 2020 será inesquecível para todos, já que ninguém esperava essa mudança de rotina tão radical. Aos poucos as atividades econômicas estão voltando ao normal, e em algumas cidades do nosso país escolas estão aos retornando de forma híbrida, ou seja, um pouco presencial e para os que preferem ficar em casa, à distância. Experiências de como retornar já acontecem no mundo.
Ainda existem dúvidas e muitas expectativas fazendo com que a discussão continue. Porém, o que há em comum entre as famílias é a exaustão. Se formos pensar a educação é ainda um dos segmentos que não retornou, porém, jamais parou. Lógico que o maior de todos os motivos é porque as salas de aulas são cheias de alunos, uma aglomeração natural há décadas e tão reclamada pelos professores que sabem que a melhor forma de trabalhar é com menos educandos para poder orientar e tirar dúvidas de forma mais clara e objetiva. Esse é o grande problema. Para que o público diminuísse, mais escolas deveriam ser construídas e professores contratados, o que gera custos e sabemos que os governos não se interessam em investir em educação.
O que fica para nós é o cansaço físico e mental, os professores estão há meses sem horários fixos e sem receber horas extras. Trabalhando dobrado ou triplicado, tendo que dividir seus planejamentos, correções, pesquisas e atualizações fazendo cursos, com todas as tarefas de casa e cuidados com os filhos. As famílias tendo que ajustar horários para trabalhar fora, cuidar da casa e ainda auxiliar os filhos com as tarefas. E os alunos de todas as idades cansados e desmotivados por estar distantes da convivência escolar.
Esperar pela vacina para que as aulas retornem é quase uma utopia. E sabemos que a cura desse vírus só acontecerá com a imunização natural ( ter pegado e se curado) ou com a vacinação da população. Nossa vida parou, a rotina modificou e estamos cansados de esperar e ficar trancados em nossas casas. A convivência com o outro faz parte de um desenvolvimento saudável para qualquer ser humano, seja na infância, fase adulta ou velhice. Estamos sentindo falta dos risos, dos desafios e abraços. Mas continuamos vivendo um dia de cada vez com fé que a solução irá aparecer e que as nossas escolas voltarão a abrir e trazer de volta a alegria de estar reunido em comunidade dentro dela.
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