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Marisele Pereira Velasques
Fobia escolar
Ser professor requer coragem para enfrentar desafios diários e outros desconhecidos. Situações que desacomodam e nos fazem estudar, pesquisar, descobrir formas de ajudar a resolver. Vivenciando algumas, descobri um tema já conhecido pela psicologia, mas que ainda pode ser novo para muitas famílias e colegas educadores: fobia escolar.
A fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo irracional de uma situação, atividade, lugar, objeto ou animal, mesmo que isso não represente qualquer perigo. Ou seja, é uma ansiedade desproporcional à circunstância em si. A fobia escolar consiste em um medo exacerbado que a criança sente em ir para a escola e está relacionada com a ansiedade face ao desconhecido e, muitas vezes, com as mudanças de ciclo escolar, recusando-se em ir inventando vários motivos.
Seus sintomas variam, mas vale a pena observar e procurar ajuda de profissionais como Psicólogos e Psiquiatras. Geralmente crianças com essa fobia choram descontroladamente, têm ataques de raiva, ficam paralisadas, agarradas aos seus pais e se recusam a conversar em situações sociais. Episódios assim acontecem na Educação Infantil principalmnte com a adaptação, mas se os sintomas continuarem por seis meses ou mais já passa de um estado de normalidade, é hora de investigar. As causas de muitas fobias ainda são desconhecidas pelos médicos. Apesar disso, há fortes indícios de que possa estar relacionada ao histórico familiar, levando a crer que fatores genéticos representem um papel importante na origem do medo persistente e irracional. Traumas também podem desencadear esse problema.
A escola fará o seu papel pedagógico, os professores tentarão oferecer o melhor para acolher e ajudar na adaptação da criança, mas é na família que as fobias serão melhores trabalhadas como: tentar entender porque o filho não quer ir à escola ouvindo com atenção; conversar e passar segurança; organizar uma rotina em casa e também orientar sobre a do ambiente escolar; se alegrar com as pequenas conquistas em ficar na escola e participar das atividades.
No momento da situação pode até parecer birra, ainda mais se a criança já teve experiências em ambientes escolares, mas em nenhum momento podem decidir em ir ou não na escola. Está na lei que toda criança deve estudar, o estado oferece, as vagas estão disponíveis, os profissionais para atender o estudante também, mas se a família não buscar ajuda o problema pode aumentar e as responsabilizações legais baterem à porta. Segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) toda criança e adolescente tem direito à educação visando o seu pleno desenvolvimento e preparo para o exercício da sua cidadania. É dever de toda a sociedade zelar por esse direito, até mesmo buscando profissionais da área de Saúde Mental.
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