MARISELE VELASQUES
União
Estamos completando quatro meses com as crianças em casa e sem escolas que estão fechadas fisicamente, mas abertas para as aulas remotas, seja pela internet para aqueles alunos que tem condições ou por impressão para os que ainda não tem acesso às novas tecnologias. Ninguém está de férias ou parado, os professores continuam produzindo, se atualizando e participando de inúmeras reuniões e formações continuadas. Aliás, pesquisas mostram que eles estão se sentindo mais sobrecarregados nesse momento educacional do que quando estavam em sala de aula. Alguns dos fatores relacionados ao cansaço é a falta de um horário específico para trabalhar, já que com o acesso das famílias ao telefone e redes sociais, as perguntas não param de chegar. Outro fator é a mistura dos afazeres domésticos e cuidados com os filhos, mais as aulas sendo realizadas, na grande maioria das vezes tudo isso acontece ao mesmo tempo.
Sabemos que o ensino não terá tanta qualidade ou quantidade, e que para alguns pais as atividades são fáceis e para outros nem tanto. O que realmente importa é que estamos todos envolvidos para dar o mínimo de qualidade que se espera nesse momento de tantas incertezas. É claro que todos gostariam que a rotina escolar logo voltasse, mas isso envolve diversos fatores relacionados à segurança das crianças, professores e funcionários das instituições de ensino, um assunto importante e que deve ser muito bem discutido e avaliado por todos nós. Enquanto uns acham as aulas fracas e outros exaustivas, cabe salientar que o importante nesse momento é desenvolver em nossos alunos as habilidades que eles precisam para no momento do retorno ser retomadas e os conteúdos necessários evidentemente trabalhados como: ouvir, ver, ler, compreender, interpretar, raciocinar, concluir entre tantas outras. E em cada nível as habilidades serão mais específicas.
Para as famílias fica a missão de organizar um lugar e horário para as tarefas serem realizadas, isso ajuda na concentração, cria rotina e tira toda a preguiça e má vontade da criançada de não querer fazer. Se esse processo vai dar certo ou não veremos mais adiante, porém acredite que isso é o que as escolas conseguem oferecer nesse momento. Por mais difícil que pareça seu filho não está abandonado, da melhor forma possível os educadores estão tentando dar um pouquinho de normalidade em meio há tanto caos. Juntos vamos vencer e aprender muito com todo esse processo.
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