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Governo propõe cooperação internacional para estudos pós-covid

Ilustração/Freepik imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - - O estudo Epicovid-19, foi realizado entre 2020 e 2021.

Memória falha, fadiga muscular, problemas respiratórios e queda de cabelo são apenas alguns dos sintomas frequentemente relatados por pessoas que lutam com a covid-19 persistente. Apesar de diversas pesquisas em andamento, ainda não há uma compreensão definitiva sobre suas causas. 

A abordagem para entender melhor as condições pós-covid e explorar protocolos de tratamento semelhantes em todo o mundo foi apresentada pelo Brasil durante um evento paralelo do Grupo de Trabalho da Saúde do G20, em Salvador (BA), na última quarta-feira, 5/6. 

Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa de Imunização (DPNI), destacou como o Brasil está acompanhando os pacientes com covid-19 de longa duração. Ele ressaltou os impactos profundos e de longo prazo que a pandemia causou na sociedade, incluindo a pressão adicional sobre os sistemas de saúde devido aos sintomas persistentes da doença. 

Dado o caráter novo desse fenômeno, pesquisas e levantamentos populacionais sobre a prevalência das condições pós-covid estão em andamento. No Brasil, o estudo Epicovid, focado nesse tema, realizou visitas domiciliares a 33.250 pessoas que tiveram covid-19 em 133 municípios brasileiros, visando fornecer dados para orientar políticas públicas voltadas ao tratamento dessas condições. 

O epidemiologista Pedro Hallal, coordenador do estudo, enfatizou que questões socioeconômicas também desempenham um papel significativo, com pessoas de status socioeconômico mais baixo apresentando o dobro de chances de desenvolver a doença. 

Delegações de países como Reino Unido, China, Singapura e União Europeia, juntamente com organizações como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), expressaram apoio à proposta de cooperação apresentada pelo Brasil. 

O estudo Epicovid-19, realizado entre 2020 e 2021, ajudou a mapear a disseminação do coronavírus no país, revelando que o número real de pessoas infectadas era três vezes maior do que os dados oficiais, com uma disparidade de risco entre os estratos socioeconômicos. 


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