URUGUAIANA JN PREVISÃO

Marisele Velasques

Por esses dias vamos parar

As escolas municipais entraram em recesso até o início de agosto nessa terça feira dia 20. Enquanto para os professores são dias de descanso previstos em lei e que sempre aconteceram: a tão conhecida férias de inverno, para muitas pessoas parece que ainda está muito confuso. A pergunta mais ouvida por nós educadores no momento é: "Mas já vão parar? A recém voltaram a trabalhar." Quando ouço confesso que não sei se dou risada ou choro, mas minha resposta é sempre a mesma: "Estou trabalhando desde de fevereiro, nunca parei. O que voltaram foram as aulas presenciais com os alunos há pouco tempo, e isso não fui eu que decidi."
A interpretação que muitas pessoas têm é que professor só trabalha se estiver em uma sala de aula com seus trinta alunos, já as oferecidas à distância tanto pelo computador ao vivo, enviando vídeos e atividades on line, não é trabalho. Preparar atividades muitas vezes elaboradas em grupos, revisadas pela equipe pedagógica, enviar por email, wattsap ou impressas, não é trabalho. Corrigir as devolutivas das atividades, construir relatórios, avaliar os alunos e ter seu telefone aberto para atendimento individual às famílias, não é trabalho. Participar de inúmeras reuniões por semana para atualização e traçar projetos de aprendizagens, também não é trabalho.
As escolas ficaram fechadas por todo esse tempo para a segurança dos filhos, pais, familiares e da vida de todos que fazem parte das comunidades escolares. Todas as vidas importam, as dos professores e funcionários também. A vacinação avançou e nossa cidade hoje já é um exemplo para o nosso país, muitos pais de alunos tomaram ao menos uma dose, e adolescentes pelo que acompanhamos pelas redes sociais, estão prestes a se imunizar, o que nos dá mais segurança para o retorno presencial e esperança de ver novamente nossas instituições de ensino cheias de alunos com seus risos ecoando por todos os ambientes, mesmo que esses permaneçam ainda por algum tempo escondidos pelas máscaras.
Em agosto o movimento para voltar já será maior, e nós profissionais da educação estaremos esperando prontos para atender quem comparecer como sempre fizemos. Para as famílias fica a decisão de permanecer remoto ou não, só não esqueçam que aquela escola das nossas lembranças é bem diferente da que está sendo oferecida agora, com todos os seus protocolos de segurança, está tudo bem diferente e sem previsão para voltar ao que sempre foi, por isso é preciso se informar como essa volta acontece. E para finalizar, só quem é familiar de um professor e acompanhou de perto todo o nosso esforço e trabalho dentro de casa, sabe o quanto estamos esgotados e cansados, nunca paramos, mas por esses dias por direito e merecimento vamos parar.

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