URUGUAIANA JN PREVISÃO

Marisele Velasques

Telas na infância

O celular é um acessório inseparável para muitas pessoas, faz parte da rotina no trabalho e como carteira digital com o uso do pix. Quando bem utilizado é um excelente instrumento para a comunicação e afazeres diários. E com a intenção de auxiliar de alguma forma no cuidado com os filhos torna-se um brinquedinho nada inofensivo para a criançada.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria o máximo recomendado para evitar os impactos do celular nas crianças é de 3 horas diárias, e isso inclui adolescentes até os 18 anos. Para Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de telas na infância deve ser restrito. Os menores de 2 anos de idade, por exemplo, não devem ter acesso algum. Entre 2 e 5 anos, permanência máxima de uma hora por dia. Entre 6 e 10 anos o tempo deve ser de até duas horas. Mas não é o que estamos vendo cotidianamente nos mais diversos lugares por onde convivemos. Sabemos que é mais prático entregar um aparelho na mão de uma criança com desenhos ou jogos e termos um pouco de silêncio e tempo livre para fazermos algo, ou até mesmo nos alimentarmos, mas quando essa prática se torna uma rotina, pode vir a prejudicar o desenvolvimento cognitivo e de relacionamento com outras crianças.

Basta fazer uma pesquisa rápida na internet e encontramos diversos artigos científicos que relatam os efeitos do uso excessivo de telas na infância, são tantos assuntos a serem discutidos que em um texto não caberia. O importante é saber que reduzir o uso de telas na infância pode melhorar o desempenho de tarefas que envolvem memória e atenção sem prejudicar a aprendizagem. Estudos de especialistas apontam que o uso de eletrônicos por mais de uma hora ao dia também piora a capacidade de regular comportamentos e emoções. Quem convive com sala de aula já percebe alunos mais ansiosos e com poucos momentos de concentração para compreender a explicação de uma atividade.

As telas podem ser oferecidas se tiver uma limitação de tempo e orientação de o que se pode assistir. Jogos pedagógicos para auxiliar na aprendizagem e músicas infantis são boas sugestões. Só não permita que sua criança ou adolescente se isole de relacionar-se com o outro e viva só conectado com um aparelho celular na mão deixando de viver tantas outras experiências significativas da vida real. Esse é um tema para muitos assuntos e vale a reflexão.

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