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Pesquisa

Quase metade das mulheres brasileiras foram vítimas de violência

Pexels/Imagem Ilustrativa. imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - O parceiro íntimo é o agressor mais comum, com 40% dos casos, seguido por ex-parceiros com 27%.

A cultura da violência e do machismo ainda marca fortemente a realidade brasileira. De acordo com a 5ª edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, lançada em março de 2025 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com o DataFolha e apoio da Uber, quase metade das mulheres brasileiras relataram ter sido vítimas de algum tipo de violência no último ano. 

O levantamento ouviu 2 007 mulheres com 16 anos ou mais em 126 municípios. Utilizando um questionário de cerca de 20 minutos, a pesquisa trouxe dados inéditos sobre as múltiplas formas de violência que atingem meninas e mulheres no país. 

Em 2024, as ofensas verbais foram a principal forma de violência relatada pelas mulheres brasileiras, representando 31% dos casos registrados. A agressão física apareceu em seguida, atingindo 17% das entrevistadas, evidenciando que a violência física ainda é uma ameaça constante na vida de muitas mulheres.  

O stalking, perseguição insistente e invasiva, também foi destacado, sendo mencionado por 16% das mulheres participantes da pesquisa. Já a violência sexual afetou 11% das entrevistadas, enquanto a divulgação de fotos ou vídeos íntimos sem consentimento na internet também foi relatada, demonstrando como a violência de gênero também se manifesta no ambiente virtual. 

Principais autores 

Segundo a pesquisa, o principal agressor contra mulheres é o parceiro íntimo, responsável por 40% dos casos de violência registrados. As agressões cometidas por ex-parceiros somam 27% dos casos, enquanto amigos ou conhecidos representam 8% das ocorrências. Além disso, 5% das violências são praticadas por pais ou mães das vítimas. 

Dados do levantamento também mostram que 88% das brasileiras acreditam que mulheres que permanecem em relações violentas correm risco de serem mortas. Já 80% das entrevistadas afirmaram sentir muito medo de sofrer violência ao se deslocarem pelas cidades.  

Locais registrados 

A pesquisa revela que a residência é o local predominante das agressões, representando 57% dos casos registrados. Em seguida, aparecem as ruas com 12%, as redes sociais ou a internet com 5%, bares e baladas com 3% e o local de trabalho com 2%. 

Perfil das vítimas 

De acordo com os dados, as mulheres negras são as mais afetadas pela violência, representando 64% das vítimas registradas. Em seguida, estão as mulheres brancas, que correspondem a 29% dos casos de agressão. As mulheres amarelas somam 4% das vítimas, enquanto as mulheres indígenas representam 2%. 

Faixa etária 

Os dados sobre a faixa etária das vítimas de violência revelam que a maior parte das mulheres agredidas têm entre 16 e 24 anos, representando 28% dos casos. Em seguida, 23% das vítimas estão na faixa etária de 25 a 34 anos. As mulheres de 35 a 44 anos correspondem a 22% dos registros, enquanto 17% das vítimas têm entre 45 e 59 anos. Por fim, as mulheres com 60 anos ou mais representam 9% dos casos de violência.  


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