O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) enfrenta desafios logísticos devido à recente tragédia climática no Rio Grande do Sul, levando à necessidade de reprogramação das fases estaduais e regionais da Ciranda Cultural de Prendas e do Entrevero Regional de Peões. 

“Estamos comprometidos em garantir a realização desses eventos tão significativos para nossa cultura, sempre priorizando a segurança e o bem-estar de todos os participantes”, afirma a presidente do MTG, Ilva Goulart. 

A 53ª Ciranda Cultural de Prendas – Fase Estadual, inicialmente agendada de 16 a 18 de maio de 2024, no Clube do Professor Gaúcho, em Porto Alegre, requer revisão devido à situação de calamidade em várias regiões do estado. A 1ª Região Tradicionalista (1RT), encarregada da organização, está avaliando alternativas, inclusive a possibilidade de sediar o evento em outra cidade da região. Um anúncio oficial sobre a viabilidade da realização será emitido ao Colegiado de Coordenadores dentro de 10 a 12 dias. 

As etapas regionais do 36º Entrevero de Peões e 54ª Ciranda Cultural de Prendas estão sob análise, com a maioria dos coordenadores regionais mantendo as datas planejadas, embora quatro regiões tenham solicitado o adiamento devido às condições desafiadoras. Essas regiões são: 1ª Região Tradicionalista, 12ª Região Tradicionalista, 15ª Região Tradicionalista e 24ª Região Tradicionalista. 

Amparo 

A catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul atingiu várias Regiões Tradicionalistas, incluindo a 12ª RT, que receberá apoio da 21ª Região Tradicionalista para transportar a centelha, um símbolo emblemático da cultura gaúcha. 

A Chama Crioula é acesa anualmente, marcando o início dos festejos da Semana Farroupilha, uma das celebrações mais emblemáticas do estado. Este ano, o acendimento será realizado em Alegrete. 

A iniciativa de ajudar o grupo de cavalgadas da 12ª RT surgiu durante uma reunião de Coordenadores, onde se discutiu o apadrinhamento de entidades. Ficou decidido que a ajuda seria direcionada para um grupo de Cavalgadas, especialmente considerando a impossibilidade de o grupo buscar a Chama Crioula devido à situação enfrentada. Após a avaliação dos custos, os grupos de cavalgadas de todos os municípios foram convidados a contribuir para o transporte dos cavalos da 12ª RT até Alegrete. 

Joicinara Voigt, coordenadora da 21ª Região Tradicionalista, afirma que há planos de mobilizar esforços para auxiliar outras Regiões Tradicionalistas afetadas. "Em um primeiro momento, vamos destinar a ajuda à 12ª RT, mas se tivermos condições, iremos promover outras ações para ajudar mais alguma Região. Já estamos analisando o que é possível ser feito’’, relata Joicinara Voigt. 

Márcia Monteiro, coordenadora da 12ª Região Tradicionalista, expressa confiança na capacidade de superação, mesmo diante de desafios. “É um momento difícil e desafiador, mas com a força do povo gaúcho, conseguiremos superar e sairemos ainda mais fortes. Unidos, somos muito mais fortes do que pensamos. Agradecemos imensamente por todo o auxílio”, afirma Márcia Monteiro.